Analisando o desempenho dos mercados do boi, do suíno e do frango vivos em 2015, constata-se que, ao completar-se o primeiro quadrimestre do ano, só o boi em pé segue levando vantagem em tudo.
Porque, a despeito de nos últimos dias ter enfrentado ligeira queda de preços, fecha abril sendo negociado por um valor perto de 5% superior ao alcançado em 31 de dezembro de 2014. Ou seja: se não superou, ao menos acompanhou a [alta] inflação destes primeiros quatro meses do corrente exercício, oportunidade que não foi dada a suínos e frangos.
Tem mais, porém. Pois, no quadrimestre, o boi obteve preço médio que correspondeu a uma valorização de 21,08% sobre idêntico período do ano passado. E de, praticamente, 50% sobre o primeiro quadrimestre de 2013.
Comparativamente ao último preço de 2014, a pior situação é a do suíno. Que registra, no momento, cotação mais de um terço inferior à alcançada no final do exercício passado. Mas se, na média do quadrimestre, enfrenta redução de 1,92% sobre os quatro meses iniciais de 2014, em comparação a 2013 obtém, neste ano, valor 9,29% superior. Quer dizer: mesmo não cobrindo a inflação acumulada em dois anos, está havendo alguma evolução nos preços.
Não é o que ocorre com o frango vivo. Que, por sinal, perde nos três quesitos. Pois além de operar, neste final de abril, com uma cotação 6,38% menor que a do fechamento de 2014, o produto registrou, no quadrimestre, valor médio que representa quedas de 3,41% e 11,80% sobre o primeiro quadrimestre de, respectivamente, 2014 e 2013. Isto, ressalte-se, enquanto a inflação segue caminho absolutamente inverso (+7,41% e +14,15% nos 12 e 24 meses encerrados em março de 2015).
Vale a pena acrescentar, ainda, que a evolução dos preços do frango aquém da inflação não é fato recente, vem sendo registrada há bom tempo, praticamente ano após ano. Não é por menos que, ao comparar-se o preço médio registrado nestes quatro primeiros meses de 2015 com aqueles registrados 10 anos atrás (1º quadrimestre de 2005), constata-se que evoluíram menos de um quarto, apresentando incremento de 24,46%. Pois nos 120 meses decorridos desde então, a inflação acumulada, medida pelo IPCA do IBGE, é de 71,14%.
Fonte: Avisite