Volta das chuvas nos últimos dias não recupera perdas e produtores preparam mobilização em todo Matopiba para diminuir prejuízos
As primeiras lavouras começaram a ser colhidas no sul do Maranhão e o resultado tem fica muito abaixo do esperado. Em algumas áreas a quebra chega a 50%.
Esse resultado é reflexo de uma combinação de fatores climáticos que dificultaram o desenvolvimento da cultura nesta safra. De acordo com o presidente da Aprosoja MA, Isaías Soldatelli, houve um atraso no inicio do plantio soja em função da falta de chuva no final de 2015, assim, muitos produtores só conseguiram realizar a semeadura em janeiro deste ano.
Posteriormente, no primeiro mês de 2016, as precipitações retornaram em grandes volumes – chegando a superar os 700 mm em algumas localidades -. Mas, essas condições não duraram muito tempo, já em fevereiro a seca tomou conta do Estado.
"Faz quatorze anos que estou na região e nunca tínhamos visto esse clima tão adverso", declara Soldatelli.
Segundo ele, apesar do percentual de colheita ainda ser baixo, na média do Estado acredita-se que a produtividade ficará abaixo das 38 sacas por hectares. "Nós temos relatos de produtores que abandonaram algumas partes das lavouras, e que vão deixar sem colher. Em outros casos, há agricultores colhendo 15 a 20 sacas por hectares", acrescenta.
Como medida emergência na tentativa de minimizar os prejuízos, a Associação juntamente com os representantes do Matopiba irão pleitear frente ao Ministério da Agricultura alternativa para esse cenário que se estendem por toda a região.
De acordo com o presidente, municípios do sul do Maranhão já estão decretando estado de emergência para tentar garantir providencias do governo federal e estadual.
"Com essa produtividade não é possível se quer cobrir os custos de produção, e sabemos que em regiões de novas fronteiras agrícolas o produtor vem descapitalizado pelo investimento que precisam fazer nas propriedades", pondera Soldatelli.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor