Agricultores da região de Mogi das Cruzes (SP) estão colhendo o caqui. A expectativa, agora, é com relação ao preço.
Três dos nove trabalhadores que colhem o caqui em um sítio em Mogi das Cruzes vieram de Virgínia (MG). Eles percorreram 265 km em busca do emprego temporário, mas conseguir emprego também não está fácil
No ano passado, por exemplo, o dono do sítio, Ari Scungisqui, trouxe seis trabalhadores de Minas Gerais, o dobro deste ano. Isso para reduzir os custos que aumentaram em média, 20%. Controlar as despesas é importante também porque a produtividade caiu 20% depois da seca de 2015.
O pomar com 600 pés de caqui da variedade rama-forte deve render 100 toneladas. Só que, por outro lado, o agricultor está otimista porque a qualidade do caqui é boa.
A região de Mogi das Cruzes produz por ano 60 mil toneladas de caqui, volume que representa 55% do que é colhido no estado de São Paulo e 30% da produção nacional. Ainfluência do clima é grande para chegar a esses números. Chuvas de granizo, por exemplo, provocam muitas perdas.
Neste ano, o agricultor Luciano, que arrenda vários pomares de caqui, perdeu 80% da produção de um dos sítios. A sorte é que nesta propriedade de quatro hectares, onde o granizo não caiu, a produção vai compensar o prejuízo. Dos mil pés devem sair 60 toneladas.
Nesse começo de safra o agricultor espera conseguir R$ 1 e depois quer receber pelo menos R$ 0,75 centavos por quilo da fruta. São valores aceitáveis já que os feirantes de fora vem buscar os caqui em Mogi das Cruzes, com safra que vai até maio.
Fonte: Revista Globo Rural
Fonte: Canal do Produtor