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SOJA: MERCADO BUSCA RETOMADA DE ALGUNS PATAMARES E OPERA EM ALTA NESTA MANHÃ DE 6ª NA CBOT

O mercado internacional da soja volta a subir nesta sexta-feira (26). Após aproximar-se de seus níveis de suporte na sessão anterior, as cotações tentam retomar alguns patamares importantes para que possam se manter no ainda rígido intervalo que já dura meses na Bolsa de Chicago. 
Assim, por volta das 7h30 (horário de Brasília), as posições mais negociadas na CBOT subiam pouco mais de 3 pontos, e atuavam entre US$ 8,62 – no março/16 – e com US$ 8,77 por bushel – no agosto/16. 
Segundo explicam analistas, porém, o mercado segue ainda bastante atrelado ao comportamento do financeiro e, com uma nova alta das ações chinesas nesta sexta, encontrou suporte para esses pequnos ganhos registrados no pregão de hoje. O mercado acionário da China, apesar de ter recuado na semana, foi estimulado pelo início da reunião do G20, onde podem ser divulgadas mensagens dos líderes do país e das outras principais economias do mundo. 
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja: Preços em Chicago fecham nova sessão em baixa e ignoram números altistas do USDA 
Nem mesmo as informações trazidas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira (25) foram suficientes para renovar o fôlego do mercado internacional da soja. Ainda muito atrelado ao cenário financeiro global, os futuros da oleaginosa voltaram a cair na Bolsa de Chicago e fecharam o pregão com perdas de mais de 6 pontos entre os principais vencimentos. 
O vencimento maio/16, referência para a safra americana, fechou o dia valendo US$ 8,66 por bushel, enquanto o julho/16 foi a US$ 8,72 e o agosto/6 a US$ 8,74. 
Segudo explicou o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mercado internacional de grãos segue bastante atrelado ao financeiro e, com as baixas das demais commodities e os fundos ainda sem entrar de forma expressiva nos negócios, o mercado continua atuando de lado em Chicago. 
"O mercado não deu bola para esses números do USDA. Se tivesse dado, era pregão pra altas de mais ou menos 10 pontos", disse Brandalizze, ainda que os as informações tenham trazido uma projeção de uma redução expressiva na área a ser plantada com soja nos EUA. Assim, as cotações seguem ainda travadas em um restrito patamar, que já dura cerca de seis meses, sem força para romper suas mínimas ou máximas.
Segundo o economista chefe do departamento, Robert Johansson, a área destinada à oleaginosa deverá ficar, na temporada 2016/17, em 33,39 milhões de hectares, número que vem abaixo das expectativas do mercado, de 33,71 milhões. Além disso, a área esperada é menor ainda do que a plantada na safra 2015/16, de 33,47 milhões de hectares. 
Para Flávio França Junior, analista de mercado da França Junior Consultoria, esses números devem realmente pesar pouco nas decisões dos investidores, uma vez que as modificações que podem vir nos próximos meses são muitas, embora sirvam como um parâmetro. 
"Esse não é um número definitivo, ou de levantamento. O primeiro levantamento que o USDA faz sai no final de março", explica o analista.
Ainda nesta quinta-feira, o USDA atualizou seu boletim semanal de vendas para exportação e, com dados fracos, a atualização também não exerceu um impacto mais expressivo sobre as cotações na CBOT.  Os EUA venderam 328,6 mil toneladas de soja na última semana, enquanto as expectativas variavam entre 300 mil e 700 mil toneladas. Foram 328,3 mil da safra 2015/16, 34% a menos do que na semana anterior e a China ainda como principal destino, e 300 toneladas da 2016/17. 
Mercado Brasileiro
No Brasil, a pressão não veio só das baixas registradas em Chicago, mas também do dólar, que voltou a cair nesta quinta-feira frente ao real, mantendo-se ainda abaixo dos R$ 4,00 e bastante volátil. 
Nos portos do país, as baixas chegaram a 1,28% nas principais referências. Em Rio Grande, queda de 0,63% para o produto futuro, que fechou o dia com R$ 79,50 e, em Paranaguá, queda de 0,65% para R$ 77,00 por saca. Já a soja disponível perdeu 1,28% no terminal paranaense, para R$ 77,00, enquanto no porto gaúcho a cotação subiu 0,64% e foi a R$ 79,00. 
"O mercado de câmbio está inusitadamente calmo… mas o sentimento continua frágil", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman em nota a clientes nesta quinta-feira. Entretanto, analistas seguem afirmando que, para o produtor brasileiro, o principal e mais forte diferencial para as cotações deverá vir da taxa cambial, já que segue essa espécie de trava no mercado futuro internacional. 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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