Clima adverso contribuiu para o aparecimento das doenças nas frutas. E falta de luminosidade afetou o teor de açúcar das uvas. Produtores projetam redução no rendimento médio, estimado inicialmente em até 15 mil quilos da fruta por hectare. Expectativa é que preços sejam melhores no momento da comercialização.Em meio ao excesso de chuvas, os produtores rurais de Marialva (PR) já projetam uma quebra de 50% da safrinha de uva. As precipitações prejudicaram a cultura na fase de desenvolvimento vegetativo e de florescimento e contribuíram para o aparecimento de doenças. Além disso, a falta de luminosidade afetou o teor de açúcar das frutas.
E, na visão do presidente do Sindicato Rural da cidade, Lindalvo José Teixeira, os prejuízos podem ficar acima do estimado até o momento caso as chuvas continuem. “Deveremos iniciar a colheita em março e poderemos ter perdas também durante esse período. E é preciso ressaltar que na safra passada nós também tivemos prejuízos com o clima adverso”, completa.
Diante desse quadro, a produtividade nesta safra deverá ficar abaixo da expectativa inicial de até 15 quilos da fruta por hectare. “Mas ainda não sabemos informar com precisão quanto iremos colher. Tudo irá depender do comportamento do clima”, diz Teixeira.
Em relação aos preços, a liderança sindical ainda reforça que a perspectiva é de cotações mais altas devido ao cenário. “Em São Miguel Arcanjo (SP), os produtores estavam negociando o quilo da uva entre R$ 6,00 a R$ 7,00. Quando abrir o nosso mercado esperamos cotações próximas, até mesmo para tentar compensar parte das perdas na produção”, diz.
Teixeira ainda afirma que os agricultores têm seguro de algumas áreas, no entanto, a cobertura é de apenas 60% a 70%. “Então, o produtor sempre fica com algum prejuízo. O caminho é sempre buscar a qualidade, através de investimentos em técnicas diferenciadas como a cobertura de chapeuzinho chinês nas frutas para evitar perdas”, finaliza.
Fonte: Notícias Agrícolas
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