As principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,50 e 1,00 pontos, por volta das 7h53 (horário de Brasília) As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quarta-feira (24) com leves quedas. As principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,50 e 1,00 pontos, por volta das 7h53 (horário de Brasília). O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o maio/16 era negociado a US$ 3,65 por bushel.
O mercado dá continuidade ao movimento negativo registrados no dia anterior. Ainda nesta terça-feira, as cotações perderam mais de 5 pontos influenciados pela desvalorização nos preços do petróleo. No final da tarde de ontem, o petróleo perdia mais de 4,4%, com o barril cotado próximo de US$ 31,90. Os comentários do ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, de que não cortará a produção por não confiar nos demais países produtores contribuíram para a queda nos valores.
Paralelamente, os participantes do mercado aguardam as informações do Outlook Forum, que será realizado nos dias 25 e 26 de fevereiro. Por enquanto, as apostas dos investidores é que haja um incremento na área cultivada com o cereal de 1,80% nesta temporada. Com isso, a área plantada deve passar de 35,61 milhões de hectares, da safra anterior, para 36,26 milhões de hectares.
Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Paranaguá, preço futuro tem dia de recuperação e retoma o patamar de R$ 36,50/sc
O preço do milho, para entrega setembro/16, voltou a subir no Porto de Paranaguá e fechou a terça-feira (23) a R$ 36,50 a saca e ganho de 1,39%. No Porto de Rio Grande, a cotação do cereal permaneceu em R$ 44,00 a saca.
Enquanto isso, no mercado interno as cotações ainda continuam sustentadas, já que a oferta ainda segue ajustada em muitas regiões. Em meio à demanda firme, a colheita da safra de verão ainda não ganhou ritmo no Centro-Sul do Brasil, o que contribui para a manutenção dos valores praticados, segundo informam os analistas.
Já as exportações de milho seguem em ritmo aquecido e, de acordo com informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), até a 3ª semana de fevereiro, os embarques somaram 4.424,0 milhões de toneladas. A média diária ficou em 340,3 mil toneladas do grão. Em comparação com o mês anterior, a quantidade exportada diariamente representa uma alta de 52,7%, já que em janeiro/16 o número ficou em 222,9 mil toneladas diárias.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a valorização é ainda maior e alcança 454,4%. Isso porque, em fevereiro de 2015, o Brasil embarcou 1.104,8 milhão de toneladas e a média diária foi de 61,4 mil toneladas. Segundo dados oficiais da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), na temporada 2014/15, as exportações de milho atingiram um recorde e somaram 30,2 milhões de toneladas. Para o novo ciclo 2015/16, a entidade projeta os embarques do cereal em 29 milhões de toneladas.
BM&F Bovespa
A sessão desta terça-feira (23) foi positiva aos preços futuros do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições do cereal encerraram o dia com valorizações entre 0,19% e 1,35%. O contrato março/16 era cotado a R$ 42,69 a saca, enquanto o vencimento maio/16 negociado a R$ 39,81 a saca. Já o setembro/16 fechou o pregão a R$ 36,10 a saca.
Mais uma vez, as cotações encontraram suporte no ganho registrado no dólar hoje. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,9577 na venda, com leve alta de 0,19%, perto das 16h40. Segundo dados do site G1, o dólar voltou a subir depois de acumular perda de quase 2,5% nas duas últimas sessões, reflexo da volatilidade nos preços do petróleo e em meio às incertezas políticas e econômicas no Brasil.
Leilões da Conab
Ainda hoje, a Conab realizou mais dois leilões de vendas dos estoques públicos de milho. No total foram ofertadas 149,5 mil toneladas do grão e o volume arrematado foi de 38,19 mil toneladas, o equivalente a 25,5%. Da primeira operação, de número 24, apenas 6,94% do volume total ofertado do estado de Mato Grosso, de 53.934,798 mil toneladas, foram negociadas, o equivalente a 3.745 mil toneladas do cereal. E com a baixa procura, o preço inicial foi mantido em R$ 23,40 a saca de 60 kg para todos os lotes negociados.
No caso da segunda operação, em torno de 36,05% do total ofertado, de 95.565,202 mil toneladas, foi negociado. O número é equivalente a 34.452,840 mil toneladas e a sobra foi de 61.112,362 mil toneladas. De Porteirão (GO), o volume negociado foi de 512 toneladas, do total ofertado de 526.943 toneladas, cerca de 97,16%. Diante da procura, o valor inicial subiu de R$ 23,40 para R$ 32,10, alta de 37,18%.
Bolsa de Chicago
As principais posições do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta terça-feira (23) do lado negativo da tabela. Ao longo das negociações, as cotações do cereal ampliaram as perdas e encerraram o dia com quedas de mais de 5 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,62 por bushel, já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,66 por bushel.
De acordo com informações do noticiário internacional, as cotações do cereal foram pressionadas pela queda registrada nos preços do petróleo. Por volta das 16 horas (horário de Brasília), a commodity recuava 4,4%, com o barril próximo de US$ 31,90, conforme dados do site da Investing.com. Os comentários do ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, de que não cortará a produção por não confiar nos demais países produtores contribuíram para a queda nos valores.
Na conferência da indústria norte-americana IHS-CERAWeek, o ministro defendeu que o mercado irá eventualmente se ajustar com a adaptação dos produtores com custos maiores. Porém, Naimi também reportou que não sabe quando esse ajuste deverá ocorrer.
Enquanto isso, o mercado de milho em Chicago segue sem novas informações fundamentais que possam modificar os atuais patamares praticados. Diante desse quadro, os investidores já aguardam as projeções da nova temporada americana, especialmente a área que será destinada ao plantio de milho e que deverão ser divulgadas no Outlook Forum. O evento será realizado ainda essa semana, entre os dias 25 e 26 de fevereiro.
Uma pesquisa realizada pela agência Bloomberg indica que a área cultivada com o cereal deverá ocupar 36,26 milhões de hectares, um crescimento de 1,80% em relação à temporada anterior, na qual, foram semeadas 35,61 milhões de hectares. Em relação ao custo de produção, a Universidade de Illinois aponta para uma redução de US$ 26,00 por acre em plantações de alta tecnologia. Com isso, o total gasto baixaria de US$ 914,00 para US$ 888,00 por acre.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor