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FRIGORÍFICOS INICIAM MOVIMENTO DE PRESSÃO NOS PREÇOS DA ARROBA DO BOI COM OFERTAS ATÉ 3 REAIS ABAIXO DA REFERÊNCIA, MAS NÃO EFETIVAM COMPRAS

O mercado do boi gordo continua firme em boa parte do país, mas a redução nas margens das indústrias já força alguns frigoríficos a tentativa de pressão sobre as cotações. Nesta terça-feira houve registro de indústrias ofertando até R$ 3,00 abaixo da referência, sem efetivação de negócios.
Apesar de ser um movimento pontual que não chega a influenciar na tendência do mercado. Esse fator já indica que os frigoríficos podem tentar um novo enxugamento da capacidade produtiva, assim como ocorreu em 2015.
De acordo com o levantamento da Scot, as indústrias iniciaram 2016 com margens de 17%, mas desde então o percentual vem caindo, chegando até a ultima semana com 7%. Para a analista de mercado da Consultoria, Maisa Módolo Vicentim, a investida dos frigoríficos nesta terça é reflexo da queda nos preços da carne nas últimas semanas.
"No entanto essa pressão não é generalizada, no norte de Minas Gerais por exemplo, notamos esse movimento e nas praças de Goiás também essa pressão um pouco mais intensa", explica Vicentim.
Para a analista ainda é difícil determinar qual será a direção do mercado nas próximas semanas, haja vista que por um lado existe a expectativa de incremento na demanda – típica de inicio de mês – o que poderia retomar os preços da carne, mas também é preciso considerar o cenário fragilizado da economia que restringe significativamente o consumo de carne bovina.
No mercado atacadista, o boi casado de animais castrados está cotado em R$9,70/kg.
Esses aspectos são também os principais limitadores das altas para a arroba, considerando que a condição de oferta nesses dois meses do ano tem ficado abaixo das expectativas no setor.
"E vale a pena considerar também que até o momento as exportações de carne 'in natura' estão indo bem, melhor do que janeiro e melhor do que no mesmo período do ano passado, e isso com certeza ajuda a escoar os estoques mesmo que as exportações não representem tanto", pondera Vicentim avaliando que as vendas externas serão um ponto positivo no cenário de demanda atual.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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