Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago intensificaram suas baixas na sessão desta terça-feira (23) e, por volta de 12h50 (horário de Brasília), perdiam mais de 10 pontos entre os principais vencimentos. Assim, o primeiro contrato – março/16 – já perdia a casa dos US$ 8,70 por bushel, enquanto as posições mais distantes, que chegaram a superar os US$ 8,90, hoje tá atuavam abaixo dos US$ 8,80.
Além do grão, operam em campo negativo e também com baixas acentuadas, os futuros do farelo e do óleo na Bolsa de Chicago, puxando o complexo de uma forma geral, segundo explicam analistas, com os investidores vendendo parte de suas posições e pressionando os negócios.
"A pressão de venda é maior no óleo, que recua mais de 1% nesta terça-feira, rompendo pontos técnicos importantes como a média móvel de 21 dias. O quarto pregão seguido de queda nos futuros do óleo de palma pressionam o cenário dos óleos vegetais", explicam os executivos da Agrinvest Commodities. "Fundos são fortes vendedores na CBOT, buscando reduzir a posição comprada em mais de 46 mil contratos de óleo de soja", completam.
E a pressão vendedora de ativos mais arriscados parece ser generalizada depois de um sentimentos mais otimista ontem, que puxou não só os preços da soja, mas também dos demais grãos e das soft commodities em Nova York, por exemplo. O mesmo acontece com o petróleo, que hoje cai quase 5% em Nova York, diante de uma maior aversão ao risco entre os investidores, e era cotado, por volta de 13h30m a US$ 31,74 por barril. Ontem, a commodity chegou a superar os US$ 33,00.
Dólar x Preços no Brasil
Na contramão das commodities, o dólar volta a subir no Brasil e no exterior. Frente ao real, a moeda norte-americana subia, por volta das 13h40 (Brasília), 0,64% e era cotado a R$ 3,975, trazendo algum benefício ainda para os preços da oleaginosa praticados no Brasil.
No porto de Rio Grande, a soja disponível tinha leve alta de 0,63% para R$ 79,50 por saca, enquanto a da nova safra, entrega junho/16 valia US$ 81,50, subindo 0,62%. Os negócios, no entanto, seguem travados diante, principalmente, da volatilidade que ainda acomete tanto o andamento das cotações em Chicago quanto da taxa cambial.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor