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COMBATE AO AEDES É INCORPORADO ÀS BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS

Garantir a qualidade da água sempre foi um princípio das Boas Práticas Agropecuárias, mas dada a necessidade de evitar a proliferação do Aedes aegypti também em áreas rurais as novas recomendações enfatizam a organização e limpeza da propriedade rural. O Programa de Boas Práticas Agrícolas da Emater-DF, por exemplo, está orientando os produtores a evitar deixar em locais descobertos qualquer utensílio que possa acumular água.

Manter embalagens de insumos, latas e qualquer outro vasilhame ao relento possibilita o acúmulo de água, um ambiente propício para o surgimento de focos do mosquito transmissor de dengue, febre chikungunya e zika. Além de descartar todo o entulho sem uso da propriedade rural, o produtor deve inspecionar as áreas agrícolas e evitar deixar ao relento até mesmo cocos secos e tampas de embalagens.

“Há certa resistência dos produtores em entregar o entulho, mesmo aqueles utensílios que a gente sabe que não tem mais uso”, comenta a economista doméstica Eleuteria Mendes, da Emater-DF, que tem participado da força-tarefa criada para combater o Aedes aegypti no Distrito Federal.

Os mutirões realizados nas áreas rurais do DF têm encontrado focos do mosquito, principalmente, em bebedouros de animais e em reservatórios de água destampados. Os extensionistas orientam sobre a necessidade de utilizar telas de proteção nas caixas d’água e tanques. “Alguns acampamentos são abastecidos por caminhão pipa, e nestes locais é comum armazenar água em tanques sem a devida cobertura”, comenta Eleuteria.

Quando os técnicos encontram larvas de mosquito em tanques ou bebedouros, por exemplo, o problema é reportado aos agentes de saúde, que também têm visitado as comunidades rurais. Para Petrônio Lopes, gerente de controle de endemias do Distrito Federal, a orientação prioritária é manter limpos os cochos e bebedouros de animais. “O tratamento mecânico é o mais simples e recomendável”, salienta. Se o produtor “emborcar, proteger ou eliminar os recipientes propícios para focos”, não há necessidade do tratamento com uso de inseticidas. “O tratamento químico se dá quando não há condições de fazer o controle mecânico”, destaca Lopes.

O pesquisador Francisco Schmidt, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, salienta que bioinseticidas compostos pela bactéria Bacillus thuringiensis var. israelensis (Bti) não intoxicam os animais se colocados em bebedouros. “Os cuidados recomendados para a zona urbana, como evitar o acúmulo de água, aplicam-se também às áreas rurais. O produtor pode integrar as técnicas possíveis de controle”, salienta Schmidt. Além de inspecionar a propriedade rural, o produtor pode recorrer aos bioinseticidas como precaução contra as larvas do mosquito.

Tanques maiores devem ter peixes – Os tonéis utilizados para armazenar água devem sempre estar tampados e os tanques maiores que coletam água para irrigação podem ser povoados com peixes para evitar o surgimento de larvas do mosquito. A Emater recomenda utilizar alevinos de lambari ou tilápia para evitar o surgimento de larvas do mosquito na água parada. Foi o que fez o produtor de hortaliças Francisco Albuquerque, do Núcleo Rural Sobradinho, no Distrito Federal.

“Temos tilápias no tanque maior e fui orientado a guardar em local coberto e seco as embalagens de defensivos vazias. Também estamos recolhendo pneus e outras vasilhas que ficavam espalhados na propriedade”, comenta Francisco.

Fonte: Embrapa – 22/02/2016

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Fonte: Sistema FAEP



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