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CAFÉ: SEM NOVIDADES, BOLSA DE NOVA YORK OPERA PRATICAMENTE ESTÁVEL NESTA MANHÃ DE 6ª FEIRA

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta manhã de sexta-feira (19), estendendo as perdas das últimas três sessões. O mercado tem oscilado nos últimos dias se baseando no câmbio uma vez que os fundamentos parecem já ter sido precificados pelos operadores.
"O comprador lá fora percebe a forte valorização do dólar ante o real e também repercute os altos volumes exportados pelo Brasil mesmo em período de entressafra e acaba pressionando as cotações para tomar essa diferença", explicou ontem o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
Por volta das 09h29, o vencimento março/16 tinha 114,00 cents/lb com queda de 15 pontos, o maio/16 registrava 115,35 cents/lb com recuo de 75 pontos. O contrato julho/16 tinha 117,35 cents/lb com baixa de 65 pontos e o setembro/16 operava com 119,05 cents/lb com desvalorização de 75 pontos.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: Futuros em NY recuam pela terceira sessão seguida, mas preços no Brasil continuam firmes com dólar
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira (18). Sem novidades nos fundamentos, o mercado tem repercutido nas últimas sessões aspectos mais técnicos. Hoje, por exemplo, o dólar voltou a subir ante o real, e acabou contribuindo para dar o tom baixista aos preços no terminal externo.
O vencimento março/16 encerrou a sessão cotado a 114,15 cents/lb com baixa de 40 pontos. O contrato maio/16 teve 116,10 cents/lb, o julho/16 registrou 118,00 cents/lb, ambos com recuo de 50 pontos e o setembro/16 anotou 119,80 cents/lb, ambos com desvalorização de 50 pontos.
"O comprador lá fora percebe a forte valorização do dólar ante o real e também repercute os altos volumes exportados pelo Brasil mesmo em período de entressafra e acaba pressionando as cotações para tomar essa diferença", explica o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
Segundo dados da SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), nos primeiros oito dias de fevereiro, os embarques de café em grão do Brasil totalizaram 1,16 milhão de sacas de 60 kg e receita de US$ 170,8 milhões. Comparando com a média diária do mês passado (124,3 mil sacas de 60 kg), com a registrada agora (144,8 mil sacas), há uma alta de 16,49% no volume exportado.
O dólar comercial no Brasil voltou ao patamar de R$ 4 nesta quinta-feira. Repercutindo o rebaixamento da nota de crédito do Brasil para BB pela Standard & Poor's e as incertezas políticas e fiscais do País, o avanço na moeda no fim da sessão foi de 1,38%, vendida a R$ 4,049. A moeda estrangeira mais alta encoraja as exportações da commodity, mas pressiona as cotações na ICE.
Agências internacionais de notícias relatam que o mercado do café deve permanecer focado no câmbio nos próximos dias. Carvalhaes acredita que as cotações externas só devem ganhar fôlego daqui pra frente caso algum fato novo mude a direção do mercado. "É difícil falar em alta neste momento", pondera o analista.
No final da sessão de ontem, a importadora norte-americana de café verde Wolthers Douque estimou a safra do Brasil em 2016/17 entre 54 milhões e 55 milhões de sacas de 60 kg. O número representa uma alta de quase 20% em relação ao volume previsto na safra passada.
Mercado interno
Enquanto os futuros do arábica na ICE recuam pela terceira sessão seguida, no Brasil as cotações do café seguem firmes nas praças de comercialização com o dólar dando sustentação aos preços em reais. Segundo analistas, também há retração vendedora, o que acaba contribuindo para a valorização em algumas praças.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 547,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com recuo de 1,32% e saca cotada a R$ 524,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 547,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças aconteceu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,42% e saca cotada a R$ 501,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 4,24% e saca a R$ 492,00.
Na quarta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 487,04 com queda de 0,45%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, recuaram nesta quinta-feira acompanhando Nova York, após o fechamento praticamente estável na sessão anterior. O contrato março/16 registrou US$ 1394,00 por tonelada e queda de US$ 17, o maio/16 teve US$ 1427,00 por tonelada e recuo de US$ 15, enquanto o julho/16 anotou US$ 1450,00 por tonelada e desvalorização de US$ 18.
Na quarta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 394,99 com queda de 1,42%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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