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COLHEITA DA SOJA CHEGA A 40% EM RIO VERDE (GO) E PRODUTIVIDADE MÉDIA GIRA EM TORNO DE 55 SCS/HA

Após dois anos de quebra na safra, produtores esperam colher boa produção nesta temporada. Clima tem contribuído para o avanço dos trabalhos nos campos. No milho, área da safrinha deverá ser mantida e cerca de 40% da produção já foi negociada antecipadamente. Cobrança de ICMS de exportação de soja e milho pode afetar a competitividade dos produtores do estado.
Depois de dois anos consecutivos de quebra na produção agrícola, os produtores rurais de Rio Verde (GO) apostam em uma boa safra para essa temporada. Com o clima favorável, cerca de 40% da área cultivada com a soja já foi colhida e a produtividade média do grão gira em torno de 55 sacas por hectare, alcançando até 62 sacas por hectare em algumas propriedades.
O assessor técnico do sindicato rural do município, Alexandre Câmara, ressalta que o cenário é decorrente das condições climáticas favoráveis neste ciclo, mas também do profissionalismo por parte dos agricultores. “E não há problemas de atraso na colheita. Está tudo correndo bem, tanto com a safra de verão, como com a safrinha”, afirma.
Em relação à comercialização, o assessor sinaliza que em torno de 90% da produção de soja já foi negociada. “Boa parte do sistema de financiamento das lavouras utiliza parte do crédito oficial, mas também temos trocas que já foram feitas. E tivemos contratos entre R$ 55,00 até R$ 58,00 a saca da soja fechados anteriormente, o produtor acabou aproveitando os picos nos preços”, completa.
Safrinha de milho
Para a segunda safra as perspectivas também são otimistas. A área deverá ser mantida e investimento em tecnologia deverá ficar entre médio e alto padrão. “Se tudo caminhar como já tem acontecido teremos uma produção volumosa e produtividade acima das médias históricas. Porém, não podemos nos esquecer do grande gargalo no sudoeste do estado que é a logística”, sinaliza o assessor.
No caso da comercialização, os produtores também realizaram negócios antecipados na região, que supera os 40% na localidade. “Os produtores mais capitalizados buscam melhor relação de troca, no entanto, o dólar ainda segue como uma incógnita”, acredita Câmara.
Tributação de ICMS
Outro assunto que tem sido discutido recentemente é a mudança no código tributário que obriga que parte do volume de soja e milho destinado à exportação fique no estado e pague ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “Nós repudiamos qualquer tipo de tributação em cima do setor produtivo, que é o setor que tem mantido a economia brasileira, garantindo o superávit primário da balança comercial. O que nos causa estranheza é o governo estadual tributar a principal pauta de exportação do estado, milho e soja. Querendo arrancar do setor produtivo uma coisa que nós já não temos que é competitividade”, diz Câmara.
Diante desse cenário, as lideranças do estado ligadas ao agronegócio buscam pautas jurídicas para determinar a inconstitucionalidade da medida, conforme ainda relata o assessor. “Tivemos um grande avanço para evitar a guerra fiscal dos estados que é a lei Kandir, que isenta a tributação de milho e soja”, fala.
De acordo com informações do site da Agência Senado, a lei Kandir regulamentou a aplicação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Transformou-se na Lei Complementar 87/96, que já foi alterada por várias outras leis complementares.
Uma das normas da lei é a isenção do pagamento de ICMS sobre as exportações de produtos primários e semielaborados ou serviços. “Buscamos um diálogo com os governos estadual e federal, não é hora de enfrentamento é hora de dialogar”, conclui o assessor. 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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