A autoridade sanitária russa, Rosselkhoznadzor, decretou restrição temporária às importações de soja e milho provenientes dos Estados Unidos.
As restrições começam a vigorar a partir da próxima segunda-feira (15/02). Para adoção da medida, a autoridade russa alega razões fitossanitárias (risco quarentenário e, no caso da soja, de entrada de organismos geneticamente modificados não autorizados).
O ministro da Agricultura da Rússia, Aleksander Tkatchev, informou à imprensa local que pretende substituir as importações norte-americanas de soja e milho pelas de países da América Latina, entre eles o Brasil – o segundo maior produtor e exportador da oleaginosa. Na temporada 2014/2015, a colheita brasileira de soja foi de 96,2 milhões de toneladas. No ciclo passado, a produção de milho alcançou 84,6 milhões de toneladas.
Em 2014, a Rússia importou um total de US$ 1,14 bilhão (2 milhões de toneladas) de soja em grãos, dos quais US$ 215 milhões (390 mil toneladas) foram adquiridas dos EUA, o terceiro maior país exportador de soja em grãos ao mercado russo. O principal fornecedor foi o Paraguai (US$ 533 milhões/965 mil toneladas), seguido do Brasil, que exportou US$ 312 milhões (516 mil toneladas).
O mercado de milho é significativamente menor. Em 2014, a Rússia importou do mundo 6 mil toneladas de milho, totalizando US$ 5 milhões. Grande parte foi proveniente dos EUA, que exportaram àquele país US$ 4 milhões (4 mil toneladas).
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.