A terceira reestimativa da safra de laranja 2015/16 do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais feita pelo Fundecitrus indica uma produção de 289,92 milhões de caixas, de 40,8 kg cada. Este valor representa um aumento de 1,3% em relação à reestimativa de dezembro e 3,8% da estimativa inicial de maio/2015.
Um dos motivos para o acréscimo foi o volume de chuva acima da média histórica que colaborou com aumento do tamanho e peso dos frutos e, consequentemente, com a redução da quantidade de laranjas necessária para atingir o peso de 40,8 kg por caixa. O tamanho médio reestimado em fevereiro, considerando todas as variedades, é de 234 frutos/caixa, três a menos do que em dezembro. Outro fator que contribuiu para diminuir a quantidade de laranjas necessárias para compor uma caixa foi o menor número de frutos por árvore, pois a laranjeira compensa a menor quantidade de frutos devido ao maior desenvolvimento deles.
Nas variedades Hamlin, Westin e Rubi, o tamanho dos frutos tiveram pequeno aumento, necessitando 275 frutos/caixa, um a menos do que a reestimativa de dezembro. As outras laranjas precoces foram reestimadas em 235 frutos/caixa (dois frutos a menos).
A Pera Rio não sofreu alteração e continua com 232 frutos/caixa. Valência e Valência Folha Murcha ficaram com 212 frutos/caixa (oito a menos). Para a Natal a reestimativa é de 223 frutos/caixa (dois a menos).
Os dados desta reestimativa apontam que o maior aumento no tamanho dos frutos ocorreu no grupo de variedades tardias como Valência e Valência Folha Murcha. Este fato foi decorrente das chuvas mais intensas em novembro que coincidiram com o pico de colheita destas variedades.
A taxa média de queda, considerando todas as variedades, foi reestimada em 17,62%, um pouco abaixo dos 17,65% de dezembro/2015. A queda das variedades Hamlin, Westin e Rubi continua em 12,12%, e das demais precoces continua em 11,91%. A Pera Rio caiu para 15,51%, a anterior foi de 15,73%. Já Valência e Valência Folha Murcha se mantiveram em 23% e a Natal ficou em 19,71%
Até o final de janeiro, estima-se que 92,1% da safra tenha sido colhida, sendo 99,3% para as variedades Hamlin, Westin e Rubi; outras precoces 98,2%; Pera Rio 93,5%; Valência e Valência Folha Murcha 87,9% e, Natal 88,3%.
As reestimativas de safra são realizadas a partir do monitoramento de talhões, que consiste em visitas mensais dos técnicos do Fundecitrus em pomares de todo o parque citrícola para coleta de informações sobre tamanho e queda de frutos.
O trabalho é feito em parceria com a Markestrat, Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) e Departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (FCAV/Unesp). O fechamento da safra será divulgado em 11 de abril.
Fonte: Fundecitrus