A colheita do milho avançou 9 pontos percentuais nesta semana no Rio Grande do Sul e atingiu 30% da área estimada em 779.904 hectares. Os trabalhos estão atrasados em relação à mesma época do ano passado, quando 31% estavam colhidos, mas estão acelerados em relação a média de 23% para os últimos cinco anos.
As informações são boletim informativo semanal do serviço de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho (Emater/RS). Segundo os técnicos da instituição, os rendimentos obtidos até o momento têm surpreendido positivamente os produtores, com produtividades acima de 10 mil kg por hectare.
Segundo eles, o clima de verão verificado desde o início da safra, com chuvas regulares e temperaturas elevadas, tem sido benéfico às lavouras em desenvolvimento e às que estão em floração e formação de grãos.
Na avaliação dos técnicos, os casos pontuais registrados em áreas que passaram por déficit hídrico ainda em dezembro passado não foram suficientes para alterar o quadro de otimismo para a cultura.
AS lavouras plantadas fora do período recomendado, conhecidas popularmente como safrinha, apresentam bom desenvolvimento vegetativo; porém, mais infestadas por lagartas, obrigando os produtores a realizarem um maior número de aplicações de inseticidas, dizem eles.
Conforme o boletim, para o milho destinado à produção de silagem, o cenário é similar, com as produções girando ao redor de 36 toneladas de massa verde por hectare. Dos 350 mil ha plantados, cerca de 55% já estão colhidos.
Soja
Em relação à soja, os técnicos relatam que a maior parte das lavouras está em fase de florescimento e formação de vagens/grãos,
- Apresentando ótimo desenvolvimento em função das condições climáticas registradas até agora – disse ele.
Segundo eles, a umidade presente no solo tem propiciado uma boa fixação das vagens, assim como um elevado número por planta, fator importante na determinação da produtividade final das lavouras. Eles observam que o regime de chuvas das próximas semanas será decisivo para a garantia de uma boa produção.
Quanto à sanidade das plantas, eles comentam que apesar de confirmada a presença de focos de ferrugem asiática, a situação pode ser considerada sob controle, com os produtores realizando tratamentos preventivos, tanto com fungicidas químicos quanto fisiológicos. A incidência de lagartas e outras pragas é baixa até o momento.
Revista Globo Rural