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PREÇO EM QUEDA

A expectativa de que o mercado suíno pudesse ter uma acomodação nas cotações não se confirmou ao longo da semana e os preços do quilo vivo voltaram a recuar no Centro-Sul do Brasil. A cotação média ficou em R$ 2,96 nesta quinta-feira (23), abaixo dos R$ 3,05 praticados na semana passada.

De acordo com o analista Allan Hedler, o consumo se mostrou muito retraído ao longo da semana, o que acabou favorecendo uma nova desvalorização das cotações, especialmente no Paraná e em Mato Grosso do Sul.

No atacado, Hedler sinaliza que os preços do pernil não apresentaram alterações, permanecendo em R$ 6,46. O quilo da carcaça, por outro lado, não se sustentou e recuou 0,4%, passando de R$ 4,90 para R$ 4,88.

Nas exportações, o mercado está apostando em um aumento das compras de carne suína, por conta da retomada nas cotações do petróleo.

- Muitos países que tem a economia baseada no petróleo importaram bem menos carne suína do Brasil durante o primeiro bimestre e necessitam agora refazer seus estoques. Assim, a expectativa é de que possam, efetivamente, contribuir para melhora na demanda por carne suína – disse.

Hedler destaca que os embarques acumulados ao longo de abril seguem evoluindo e já se mostram superiores aos de março, embora menores que os obtidos no mesmo mês do ano passado. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 49,1 milhões nos 12 dias úteis de abril, com média diária de US$ 4,1 milhões. A quantidade total exportada pelo país no mês chegou a 20,3 mil toneladas, com média diária de 1,7 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.426,1.

O desempenho representa uma alta de 19% frente à média diária de US$ 3,4 milhões obtida em março, que teve receita total de US$ 75,7 milhões. Em volume, houve valorização de 21,2% frente à média diária de embarques de 1,4 mil toneladas de março, quando o Brasil exportou 30,6 mil toneladas de carne suína.

O analista destaca, por outro lado, que a produção de carne suína cresceu ao longo do primeiro trimestre, fator que, combinado à retração nos embarques, ajudou a elevar a disponibilidade interna em 3,5%, contribuindo para pressionar as cotações.

- Dados parciais divulgados pelo Ministério da Agricultura, indicaram que a produção de carne suína atingiu 851,8 mil toneladas de janeiro a março, alta de 0,7% frente às 845,8 mil toneladas registradas no primeiro trimestre do ano passado. Já as exportações recuaram 18,1% nesta mesma comparação, o que também justifica esse momento de pressão registrado no mercado interno nestes primeiros meses de 2015 – avalia.

A perspectiva, conforme Hedler, é de que o consumo interno possa melhorar a partir do inverno, garantindo a retomada de preços melhores para a carne suína.

A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo permaneceu em R$ 60,80 ao longo da semana. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo subiu de R$ 2,94 para R$ 2,95, enquanto no interior a cotação caiu de R$ 3,05 para R$ 3,03. Em Santa Catarina o preço do quilo seguiu em R$ 2,93 na integração. No interior, a cotação seguiu em R$ 3,20. No Paraná o quilo vivo caiu de R$ 3,12 para R$ 2,96 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo retrocedeu de R$ 3,18 para R$ 3,04.

No Mato Grosso do Sul a cotação teve queda de R$ 3,10 para R$ 2,90 na integração, enquanto em Campo Grande a cotação recuou de R$ 3,40 para R$ 3,20. Em Goiânia, o preço continuou em R$ 3,30, mesmo valor praticado no interior de Minas Gerais. No mercado independente mineiro a cotação permaneceu em R$ 2,90. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 2,85 para R$ 2,84. Já na integração do estado a cotação permaneceu em R$ 2,55.

Fonte: Safras & Mercado

 



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