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SOJA: MERCADO RECUA EM CHICAGO NESTA 2ª FEIRA, SE AJUSTANDO APÓS FORTES ALTAS DE ÚLTIMA SEMANA

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltam a recuar nesta segunda-feira (1). O mercado internacional começa esta semana se ajustando após a anterior, que foi de intensa volatilidade e terminou com altas de mais de 13 pontos entre as posições mais negociadas. Assim, por volta das 8h (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam entre 3,25 e 3,50 pontos e, com exceção do março/16, todos trabalhavam acima dos US$ 8,80 por bushel. 
Os traders iniciam a semana atentos ao clima na América do Sul, que se mostra desfavorável em algumas regiões produtoras importantes e, como explica o consultor de mercado Carlos Cogo, essas condições, durante todo este mês de fevereiro, serão ainda mais importantes no direcionamento dos preços. 
A comercialização da soja nos Estados Unidos, bem como os preparativos para a nova safra do país vêm ganhando terreno nas negociações e o andamento dos negócios no mercado financeiro também ajudam  a trazer algum caminho para o mercado. 
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Soja em Chicago se recupera com clima desfavorável na América do Sul
Para quem imaginou que o anúncio de cancelamento de 395 mil toneladas de compras chinesas da soja norte-americana poderia abalar o mercado e colocar Chicago em rota  descendente para os preços, se surpreendeu com o comportamento das cotações nesta sexta-feira (29). A soja praticamente recuperou toda a perda registrada na sessão anterior  e fechou com alta de 13 pontos nos principais vencimentos. Março/16  encerrou cotado a US$ 8,81 com  alta de 13,75 , Maio/16 subiu 13,25 pts cotado a US$ 8,83 e Julho fechou em US$8,89 com alta de 13,25 pts.
O clima na América do Sul foi o grande responsável pelo direcionamento das cotações em Chicago, explicou o analista de mercado e consultor Carlos Cogo em entrevista ao Notícias Agrícolas. O plantio da safra 2015/16 de soja na Argentina está virtualmente encerrado mas os efeitos do clima seco em importantes regiões produtoras já despertam preocupação. “Existe uma falta de chuvas , que se arrasta por mais de uma semana e atinge toda a região do pampa úmido argentino, que concentra 80% da área de soja e isso gera preocupação em relação à oferta naquele país”.
No Brasil, o clima também tem sido motivo de preocupação com atraso na colheita e incerteza em relação à produtividade média das lavouras. Fator que também acabou pesando sobre as negociações nesta sexta-feira em Chicago.
E segundo Carlos Cogo, o clima na América do Sul ainda será fator de direcionamento para os preços em Chicago durante todo o mês de fevereiro.
Para ele, a disputa por área entre soja e milho nos EUA só deverá influenciar os preços a partir de Março, apesar das especulações sobre o tema já terem começado. “ Esse assunto não tem capacidade para mexer nos preços em Chicago a não ser que realmente venha algum número muito surpreendente das primeiras intenções de plantio nos EUA , como por exemplo, recuo das áreas tanto de soja quanto de milho” concluiu o consultor.
No balanço semanal, a soja em Chicago encerrou em alta. O vencimento março/16 teve um incremento de 0,66% em relação à última sexta-feira (22) e o contrato maio/16 subiu 0,83% , conforme apurou o economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
Mercado interno
Já no mercado interno os preços semanais registraram recuo em várias praças comercializadoras com destaque para São Gabriel do Oeste – MS que encerrou a semana com preços 4,29% menores que na última sexta-feira(22) . A exceção ficou para a soja negociada em Jataí-GO que teve um incremento de 0,49% nas cotações.
Segundo Carlos Cogo, com o avanço da colheita em várias regiões produtoras – Mato Grosso registrando 8% de área colhida e Paraná atingindo 5 a 6 % era de se esperar um recuo nos preços internos.
No entanto, o anúncio feito hoje pelo Banco do Brasil de liberação a partir da próxima segunda-feira (01) de um volume de R$ 10 bi para o pré-custeio, pode mudar todo esse cenário de pressão nas cotações. “Havendo o recurso efetivamente a partir de segunda-feira, isso diminuiria a necessidade de vendas por parte dos produtores que utilizariam esses recursos para adquirir os insumos da próxima safra, aproveitando o bom momento de relação de troca, tanto para a soja quanto para o milho”. Sem pressão de venda, os preços da soja no mercado interno poderiam ficar sustentados.
Mas como lembrou o consultor, é preciso esperar pra ver se realmente esses recursos estarão liberados e principalmente, se o produtor terá acesso a estes financiamentos, levando em conta que o banco será mais exigente em termos de garantias. Para mais detalhes sobre o mercado da soja , assista à entrevista com Carlos Cogo
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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