Na sessão desta quinta-feira (28), o mercado internacional da soja, mais uma vez, registrava uma sessão de pouca movimentação e preços estáveis. Os contratos mais negociados, por volta das 7h (horário de Brasília), subiam 0,75 ponto, e assim, o contrato julho/16 já era cotado a US$ 8,91 por bushel, e o agosto/16 valia US$ 8,93. Já os dois primeiros vencimentos ainda no patamar dos U$ 8,80.
A falta de novidades ainda pesa e limita a movimentação dos preços já há algumas semanas e, sem direção, o mercado fraco deixa também compradores e vendedores mais cautelosos, evitando novas negócios.
"Do lado da oferta não temos uma ameaça consolidada em relação à perda de produção, e os compradores mantêm o ritmo compassado nas aquisições, evitando pressionar o mercado", explica o analista Marlcos Araújo, da Agrinvest. Commodities. E na sequência, a disputa por área nos EUA para a safra 2016/17 ganha espaço e deve trazer mais especulações às cotações. "ntio da próxima safra nos EUA. "Logo mais o mercado vai se focar na briga por área entre a soja e o milho e quem vai definir isso agora, são os preços praticados em Chicago durante o mês de fevereiro", diz o analista.
Por outro lado, a busca por uma recuperação nos preços do petróleo favorecem o mercado, já que a commodity voltou a subir levemente e, em Nova York, voltou a atuar acima dos US$ 32 por barril, amenizando o mau humor dos investidores no mercado finaceiro.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja em Chicago acima de US$ 8,80/bushel, impulsionada por correção técnica e petróleo
Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago encerraram a quarta-feira com ganhos superiores a 7 pts. nos principais vencimentos. O primeiro vencimento, Março/16 fechou o dia cotado a US$ 8,84/bushel e alta de 7,5 pts. Maio/16 finalizou cotado a US$ 8,85/bushel e Julho/16 fechou em US$ 8.91/bushel e alta de 7,25 pts.
Sem novidades em relação aos fundamentos, o mercado do grão foi estimulado por uma correção técnica dos preços em dia de recuperação nas cotações do petróleo. Em NY o barril voltou a operar acima dos US$ 32,00 o que motivou uma reação no índice CRB, formado por uma cesta de commodities e acabou levando junto as cotações da soja, explicou o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Foi um dia de negócios com volumes abaixo da média diária em Chicago e portanto, não deve se traduzir em movimento consistente e contínuo de alta para os preços. " Em dias de fortes participações, o volume negociado supera 200 mil contratos. Hoje as negociações não superaram os 110 mil contratos", explica Araújo.
A falta de novidades deixa o mercado frouxo. " Do lado da oferta não temos uma ameaça consolidada em relação à perda de produção e os compradores mantém ritmo compassado nas aquisições, evitando pressionar o mercado".
As mudanças nos rumos das cotações viriam agora das projeções de plantio da próxima safra nos EUA. " Logo mais o mercado vai se focar na briga por área entre a soja e o milho e quem vai definir isso agora, são os preços praticados em Chicago durante o mês de fevereiro". Sem consenso ainda sobre os números de área nos EUA, a disputa deve dar sustentação ao mercado " se não tivermos grandes ameaças ou notícias novas , não acredito em soja acima dos US$ 12,00/bushel , mas vejo rallys de alta com teto de até US$ 10,50/bushel, valores que devem ser encarados como oportunidade para os negócios", conclui Marcos Araújo.
Mercado interno
Na contramão do que vem acontecendo no cenário internacional, aqui no Brasil a disputa pela soja deve continuar e estimular ainda um movimento crescente para os preços, já que a soja que começa a ser colhido será destinada ao cumprimento de contratos de exportação e os prêmios positivos têm mostrado que a demanda interna por soja ainda continua aquecida.
No Porto de Paranaguá – PR a soja disponível teve preços mantidos em R$81,00/ sc 60 kg enquanto o grão futuro foi valorizado em 1,27% em relação aos negócios de ontem e registrou preços de R$ 80,00/sc 60 kg. Em Rio Grande- RS , a soja disponível não teve referência de preços mas os negócios futuros recuaram 1,2% com cotações a R$ 82,50/sc 60 kg.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor