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PRODUÇÃO DE MARACUJÁ

Mesmo representando apenas 1% da produção paranaense no segmento de frutas, o maracujá tem ganhado cada vez mais espaço no Paraná. De 2004 a 2014 a área de plantio da fruta aumentou 66% e a produção em 83%, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Em 2014 a área paranaense destinada para a cultura era de 1.318 hectares e a produção chegou a 19.600 toneladas. Paulo Andrade, engenheiro agrônomo do Deral, explica que o aumento do consumo da fruta e o crescimento da rentabilidade que a atividade proporciona foram os principais responsáveis por esse incremento na produção do Estado.

- Hoje o maracujá está na dieta do consumidor – destaca o especialista.

O Brasil possui uma produção anual de 840 mil toneladas da fruta.

O Paraná é o 11° maior produtor de maracujá no Brasil, representando 1,3% da produção nacional. A fruta rendeu em 2014 uma receita de R$ 46,7 milhões. A região de Jacarezinho (Norte Pioneiro) corresponde por ¼ da produção Estadual. Morretes, região litorânea do Estado, é o maior município produtor de maracujá, detendo 10% do total. Ao todo, o Paraná possui 1.700 produtores de maracujá. A área média de cultivo no Estado por produtor é de 0,85 hectares, ou seja, pequenos produtores.

Desafios

Um dos principais desafios dos produtores de maracujá amarelo no País é com o vírus do endurecimento dos frutos. A doença é causada pelo Passionfruit Woondiness Virus (PWV) e Cowpea aphid-borne vírus (CABMV), que reduzem drasticamente a produtividade da árvore, causando perdas de até 60% da produção.

Pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) estão propondo um novo modelo de produção do maracujá amarelo para livrar os pomares paranaenses do vírus. Pedro Antonio Martins Auler, coordenador de pesquisas em fruticultura do Iapar, explica que o novo modelo consiste que o produtor faça o plantio das mudas em setembro, após o risco de geadas, e colhe entre os meses de dezembro a julho.

Após a colheita, todas as plantas devem ser eliminadas para um período de vazio sanitário no mês de agosto. De acordo com o especialista do Iapar, o objetivo dessa estratégia é reduzir a incidência do vírus nos primeiros meses após a implantação do pomar. Depois da planta desenvolvida, mesmo com uma possível infestação, os estragos deverão ser menores.

Segundo o especialista do Iapar, no atual sistema de produção os fruticultores colhem duas safras a partir de um só plantio. Geralmente o pomar é implantado em setembro e os frutos são colhidos entre os meses de março a julho, período chamado de safrinha. A segunda maior colheita ocorre entre dezembro e o mês de julho do ano seguinte.

Outro ponto que os pesquisadores do Iapar abordam no novo sistema de produção é a utilização de mudas maiores, com cerca de um metro de altura, que devem ser produzidas em um ambiente telado para evitar a presença dos pulgões que transmitem o vírus. Com o uso de mudas em um estágio de desenvolvimento mais elevado, há a possibilidade de fazer a colheita em dezembro e janeiro.

Fonte: Folha Web



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