greve de novo

CAMINHONEIROS DECIDEM BLOQUEAR RODOVIAS

A reunião ente representantes do governo federal e dos transportadores em Brasília acabou sem acordo nesta quarta-feira (22). Os órgãos reguladores do setor  propuseram aplicar uma tabela referencial com preços mínimos de frete rodoviário, mas os motoristas não aceitaram. Eles prometem bloquear novamente as rodovias de todo o país na madrugada desta quinta-feira (23).

- Nós fizemos uma tabela com preços para cada rota e o governo quer aplicar ela como balizador, sem obrigatoriedade de cumprimento. Desta forma, os contratantes de serviços de transportes continuariam a estipular o preço que quiserem e nada mudaria – afirma Gilson Baitaca.

Dono de uma pequena empresa de transportes, ele foi um dos representantes dos caminhoneiros que participou da reunião na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Um movimento de paralisação das rodovias já vinha sendo organizado desde a manhã desta terça-feira (22) e agora começará a ganhar corpo em todo o país, conforme Baitaca.
A tabela com preço mínimo do frete rodoviário era a principal reivindicação dos motoristas, que alegam estar no prejuízo com a queda na demanda pelo serviço. Eles também pedem rolamento das dívidas contraídas nos últimos anos com a compra de veículos novos. O governo argumenta que há fundamentos jurídicos que inviabilizam a proposta da categoria.

A paralisação dos caminhoneiros, ao final de fevereiro e início de março, chegou a durar mais de dez dias, comprometendo fluxo de mercadorias em todo o Brasil. No o agronegócio, granjas registraram prejuízos com a morte de milhares de animais, que ficaram sem ração. Além disso, produtores de leite tiveram de se desfazer do produto coletado e que não foi enviado para as indústrias. Houve também atraso em carregamentos de navios nos portos.

Cobrança indevida

Os transportadores afirmam que algumas concessionárias de rodovias continuam cobrando pedágio integral de motoristas que trafegam com veículos vazios e eixos levantados, infringido a lei 13.103, que entrou em vigor  em 17 de abril. Segundo a categoria, isso estaria acontecendo em praças de pedágio em São Paulo e em Mato Grosso.

Fonte: Globo Rural.



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