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SOJA: MERCADO MOSTRA FORÇA DOS PREÇOS INTERNOS E DISPONÍVEL EM RIO GRANDE SOBE PARA R$ 86

O mercado da soja nesta segunda-feira (18) opera sem a referência da Bolsa de Chicago. Os negócios no mercado internacional estão parados por lá em função do feriado do dia de Martin Luther King. No Brasil, porém, os negócios continuam, mesmo acontecendo em um ritmo mais lento. 
O período é de entressafra no país e a demanda pela soja brasileira continua se mostrando bastante agressiva. Reflexo deste cenário são os preços da oleaginosa nos portos do país, que iniciam a semana ainda com bons patamares. Em Rio Grande, por exemplo, a soja disponível vem cotada R$ 86,00 por saca, subindo 0,94% em relação ao fechamento da última sexta-feira (15). Já o mercado a futuro tem como referência os mesmos R$ 82,50 nesta tarde de segunda.
Como explicou o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, as incertezas sobre a nova safra do Brasil, mais os baixos estoques neste início de ano e as demandas internas e externas ainda fortes criam um ambiente de disputa por esse pouco produto disponível. 
"Temos um estoque de passagem no Brasil em 31 de dezembro do ano passado de apenas 127 mil toneladas de soja. Com uma produção de 97 milhões, um consumo doméstico de 40,4 milhões, 3 milhões para semente e exportações de 54 milhões, teríamos um estoque negativo, em torno de 400 mil toneladas", explica Araújo. "Ou seja, teria que haver um racionamento da demanda. O Brasil não pode ter uma exportação semelhante a de 2015 com uma produção de 97 milhões de toneladas, senão falta soja para o mercado interno brasileiro e o país teria que importar", completa. 
Dessa forma, já é consenso entre os analista sobre o descolamento do mercado nacional dos negócios em Chicago. Assim, mesmo com a movimentação mais fraca do dólar frente ao real nesta segunda-feira, as cotações se mantém em uma sustentada base de patamares também no interior do país. A moeda norte-americana chegou a operar no vermelho, porém, voltou a subir e, por volta de 12h50 (Brasília), subia 0,10% e era cotada a R$ 4,05. 
Ao lado do dólar, os prêmios – também refletindo a ajustada relação entre oferta e demanda – seguem se fortalecendo contribuindo para a formação das cotações internamente. 
"Eu acredito em um fortalecimento dos basis (prêmios), que hoje já vem acontecendo. Hoje, os valores para as posições abril e maio têm de 20 a 25 cents de dólar acima dos valores de Chicago. E a partir do segundo semestre, isso deve acontecer mais intensamente", explica Marcos Araújo. 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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