A rotatividade de culturas para a cobertura de solo melhora a capacidade de infiltração da terra, diminuindo a chance de enxurradas nas lavouras. Com o excesso de chuvas, as regiões produtoras do sul do país sofreram com o escorrimento superficial que levou boa parte dos nutrientes do solo e, reduziu a produtividade das plantas.
A falta de cobertura permite que a radiação solar incida diretamente sobre a terra, aumentando a temperatura e causando perda de capacidade produtiva. Segundo o Pesquisador do IAC (Instituto Agronômico), Dr. Afonso Peche, o solo – principalmente nas regiões tropicais – precisam estar cobertos durante todo o ano, ou com revestimento verde ou morto.
Além disso, “a rotação de cobertura vai permitir muitos avanços na produtividade do solo, ou seja, vai aumentar consideravelmente a biodiversidade, conseqüentemente melhora a atividade biológica que promove a porosidade natural, entrada e armazenamento da água, além de produzir fungos que são agentes cimentantes”, explica o pesquisador.
Entre as opções de rotação nas culturas de verão estão a crotalaria, mucuna e o guandu; já para outono é possível utilizar o milheto, também a crotalaria e o estilosantes; no inverno a orientação é rotacional com aveia e braquiarias.
Essas medidas garantem maior rentabilidade, pois “a propriedade deixa de passar por períodos críticos e progressivamente não teremos necessidade de ter aumentos significativos de produtividade, ou seja, passaremos a aumentar a produtividade sem fazer um investimento exagerado”, ressalta o pesquisado.
Fonte: Notícias Agrícolas
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