A Estância Bahia promoveu o Mega Leilão 10.015 em Água Boa, no leste do Mato Grosso. Tido como um balizador de mercado, o pregão foi prestigiado por mais de 3.000 pessoas e negociou 20.153 animais por R$ 30,8 milhões. Embora os números continuem credenciando o evento como maior remate da pecuária de corte do mundo, o volume recuou mais de 25% em relação à edição anterior, quando foram comercializados 27.379, refletindo a escassez de oferta no mercado.
Se o volume caiu, os preços aumentaram. A média geral foi de R$ 1.533. Os machos puxaram os preços para cima, com 13.430 animais negociados a R$ 1.655, caindo para R$ 1.288 nas 6.723 fêmeas. Os negócios foram embalados pela alta cotação da arroba de boi no Estado, que no dia do pregão estava em R$ 140.
– Não acredito que os preços estejam altos, mas sim condizentes com os custos do produtor. A demanda por carne vermelha é cada vez maior e a única maneira de atender a toda população mundial é valorizando a atividade pecuária. A oferta de fato está restrita e deve se manter assim nos próximos anos – destaca o diretor da Estância Bahia, Maurício Tonhá.
A raça Nelore teve 8.245 animais vendidos, representando o maior volume de vendas. Também foram vendidos animais Simental Preto, Brangus, Angus, meio sangue Braford e de cruzamento industrial.
Os bezerros machos mantiveram a mesma média de oferta dos últimos anos, com 7.192 exemplares. Com falta de garrotes no mercado, a categoria se tornou a mais negociada, saindo à média de R$ 1.402. O lote de maior valorização foi um com 122 bois Nelore, de 30 a 36 meses, levado por José Carlos Biesdorf, da Fazenda Navegantes, de Nova Xavantina, MT. A compra foi fechada em R$ 278.300, resultando na média de R$ 2.300 para cada animal.
Os compradores puderam optar em fazer o pagamento em quatro parcelas ou à vista, com prazo para 30, 60 ou 90 dias. Os lances foram conduzidos pelos leiloeiros Adriano Barbosa e Paulo Marcus Brasil e a transmissão foi do Canal Terraviva.
Fonte: DBO