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MESMO COM TAXAS MAIS ALTAS, BANCOS SÃO PROCURADOS PARA O TESOURO DIRETO

Corretoras Easynvest e Rico lideram compras de títulos públicos federais pela internet, seguidas pelas instituições bancárias: Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco e Santander Brasil

Mesmo com taxas de administração consideradas mais altas, os principais bancos de varejo – Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Santander – conseguem atrair pessoas físicas ao Tesouro Direto. Mas corretoras como a Easynvest e a Rico já lideram as compras.

De acordo com o último relatório do Tesouro Nacional, os bancos chegam a cobrar até cinco vezes mais que as corretoras de valores para dar acesso ao programa de compra e venda direta de títulos públicos federais pela internet, o Tesouro Direto.

Ainda assim, do ranking de compras de títulos públicos com os 10 maiores participantes do segmento, seis são corretoras ligadas aos principais bancos, e quatro, corretoras consideradas independentes figuram na relação.

A explicação para a presença do investidor pessoa física na clientela dos bancos está relacionada a preferência do brasileiro por manter seus investimentos em instituições financeiras sólidas (grandes), sem considerar que o risco do Tesouro Direto é o risco soberano e não do banco.

Para romper essa tradição, as corretoras independentes trabalham com taxas de administração menores ou isentas para atrair a clientela. A vice-líder em compras dos clientes no Tesouro Direto, a Easynvest tem o chamariz da taxa zero, e a líder Rico cobra 0,10% ao ano de custo para administração.

De acordo com último boletim mensal do Tesouro Nacional, o estoque no Tesouro Direto estava em R$ 14,55 bilhões ao final do mês de outubro. Se considerado a média de 0,30% ao ano de taxa de administração entre 71 instituições financeiras autorizadas a atuar no segmento, esse volume representa receitas de R$ 43,65 milhões por ano ao setor.

Na sequência do ranking de compras, o Itaú aparece em terceiro e cobra taxa de administração de 0,50% ao ano. Na quarta posição da lista, o Banco do Brasil também cobra taxa de 0,50% ao ano.

Outra independente, a XP Investimentos que aparece na quinta posição com custos administrativos de 0,10% ao ano. A Caixa Econômica Federal (banco público) aparece na sexta posição em sua parceria com o Tesouro Nacional, e cobra taxa de 0,40% ao ano.

Na sétima posição do ranking de compras de títulos públicos, o Bradesco informa taxa de administração de 0,50% ao ano, enquanto sua corretora pertencente ao grupo Bradesco, a Ágora possui custo administrativo de 0,23% ao ano e figura na décima posição.

Ainda fechando o ranking de compras, o Santander aparece no oitavo lugar da lista e cobra taxa de administração de 0,40% ao ano. Enquanto outra independente, a Socopa, no nono lugar, trabalha com a cobrança de 0,10% ao ano.

O diretor da Easynvest, Amerson Magalhães, considera que a isenção da taxa de administração no Tesouro Direto é uma ferramenta importante para atrair clientes à corretora. "O cliente não fica só pela isenção, temos também uma estrutura de serviços e de tecnologia que fideliza o investidor", argumenta o diretor.

Ele contou que o Easynvest possui R$ 3 bilhões em ativos em custódia, somando os volumes do Tesouro Direto, de certificados de depósito bancário (CDBs), de letras de crédito do agronegócio (LCAs), de letras de crédito imobiliário (LCIs) e letras de câmbio (LCs). "No início do ano eram R$ 500 milhões", quantificou o diretor.

Rentabilidade dos juros

Magalhães aponta que o Tesouro Direto continuará atraindo novos investidores em 2016. "Há uma expectativa de mais aumentos da Selic [taxa básica de juros] no próximo ano para conter a inflação. Nesse patamar elevado, o Tesouro Selic já é um excelente investimento no horizonte de curto prazo", argumentou. A Selic está em 14,25% ao ano.

Além do Tesouro Selic, Magalhães citou que outros produtos de renda fixa estão com rentabilidade atrativa, a depender do horizonte (prazo) de investimento da pessoa física. "É possível encontrar em nossa plataforma CDBs prefixados de 2 anos a taxa de 18,4% ao ano, e CDB pós-fixados de 2 anos, a 123% do DI."

Fonte: Ernani Fagundes, do DCI

Fonte: Canal do Produtor



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