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IMPORTAÇÕES VIA PORTOS-SECOS MINEIROS CAEM 21,7%

No acumulado até outubro deste ano, foram desembaraçados US$ 6,430 bilhões em mercadorias nas aduanas mineiras contra US$ 8,218 bilhões nos mesmos meses de 2014, uma redução de 21,7%. Os dados foram divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB).
"Além da retração da economia nacional, que reflete de forma negativa na movimentação dos portos-secos, o dólar valorizado também está desestimulando as importações", explicou o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Minas Gerais (Sdamg), José Carlos Sant"Anna.
Porém, não é só a escalada do dólar frente ao real que inibe as importações por meio dos portos-secos. Segundo o presidente do Sdamg, a incerteza em relação à instabilidade do câmbio também deixa o importador mais cauteloso. "Além disso, a Receita está em estado de greve há dois meses e isso também prejudica a movimentação nas aduanas", acrescentou.
No porto-seco de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi apurada a maior queda de desembaraços. As importações de mercadorias através do terminal somaram US$ 205,5 milhões de janeiro a outubro, 59,2% menos que o valor de igual intervalo do exercício anterior (US$ 504 milhões).
De acordo com Sant"Anna, a forte concorrência com os portos do litoral fluminense, devido à proximidade geográfica, prejudicam os desembaraços na aduana de Juiz de Fora. Além disso, a redução nas atividades da Mercerdes-Benz, com planta no município, que era uma âncora para as movimentações do terminal, também ajuda a derrubar a movimentação neste porto-seco.
O porto-seco de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, desembaraçou US$ 68,3 milhões em mercadorias no acumulado dos dez primeiros meses deste ano, 42,7% de retração em comparação com o montante desembaraçado no mesmo período do exercício passado (US$ 119,3 milhões).
A aduana de Uberaba, também no Triângulo, desembaraçou US$ 592,2 milhões entre janeiro e outubro, bem mais que em Uberlândia, mas também com redução de 15,8% em relação ao valor desembaraçado em mercadorias no mesmo intervalo de 2014 (US$ 703,9 milhões), conforme as informações da Receita Federal.
No porto-seco Granbel, controlado pela Usifast, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), também houve retração. A zona aduaneira desembaraçou US$ 1,156 bilhão de janeiro a outubro, recuo de 11% em relação ao mesmo intervalo de 2014, quando os desembaraços somaram US$ 1,300 bilhão).
As importações por meio da aduana de Varginha, no Sul de Minas, somaram US$ 437,7 milhões em mercadorias no acumulado até outubro. Na comparação com os desembarques de iguais meses do exercício anterior, quando totalizaram US$ 505,2 milhões, houve uma retração de 13,3%.
Os desembaraços no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (RMBH), também estão caindo. No acumulado até outubro, as importações somaram US$ 3,970 bilhões contra US$ 5,085 bilhões no mesmo intervalo de 2014, recuo de 21,9%. O terminal de Confins respondeu por 61,7% do total desembaraçado em todas as aduanas do Estado para os dez primeiros meses deste ano.
Exportações
Se o dólar valorizado frente ao real está impactando negativamente as importações, na outra ponta, está favorecendo as exportações. Tanto que os embarques através das aduanas encerraram o acumulado até outubro deste ano com crescimento de 36,5%, somando US$ 1,172 bilhão sobre US$ 858,3 milhões no mesmo intervalo de 2014.
O aumento continua sendo sustentado pelo embarque de produtos do agronegócio, especialmente carnes da aduana de Uberaba, e de café, no Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação de Guaxupé, no Sul de Minas. Os crescimentos neste caso foram de 742,7% e 45,7%, respectivamente, de janeiro a outubro frente ao mesmo período de 2014.
Em termos de valor exportado em mercadorias, o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação de Guaxupé também movimentou o maior montante, somando US$ 588,2 milhões entre janeiro e outubro. Pelo terminal de Confins foram embarcadas mercadorias no valor de US$ 382,5 milhões contra um montante de US$ 251,8 milhões nos mesmos meses de 2014, alta de 51,9%.
Fonte: Diário do Comercio

Fonte: Canal do Produtor



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