As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam com queda próxima de 400 pontos nos principais vencimentos nesta sexta-feira (11) e se distanciam do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado repercute mais um dia de avanço do dólar ante o real, fator que impacta nas exportações da commodity.
Por volta das 12h45, o vencimento março/16 tinha 122,60 cents/lb com baixa de 375 pontos. O maio/16 anotava 124,70 cents/lb e o julho/16 operava com 126,65 cents/lb, ambos com recuo de 370 pontos, enquanto o setembro/16 registrava 128,80 cents/lb com 335 pontos negativos.
O dólar comercial registra mais um dia de alta ante o real refletindo informações sobre a desaceleração da economia chinesa e rumores da ameaça do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixar o governo caso a meta de superávit primário de 2016 seja zerada pelo Congresso. Às 12h50, a moeda estrangeira avançava 1,94%, cotada a R$ 3,874 na venda.
Além do câmbio, outro fato que também ajuda a pressionar as cotações no terminal externo hoje são os dados cada vez mais otimistas para a safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo. Segundo o CNC (Conselho Nacional do Café), a produção do País deve subir até 15% em relação à de 2015, podendo chegar a 49 milhões de sacas de 60 kg.
Apesar de o mercado estender as perdas de ontem nesta sexta-feira, segundo analistas, tudo indica que a tendência de preços para o produtor brasileiro seja um pouco melhor em 2016. Os estoques mundiais têm caído nos últimos meses mesmo com bons volumes exportados. "Apesar de termos uma próxima safra brasileira maior que a última colhida, o volume deve ser muito aquém do que o mercado precisa", afirmou ontem o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café sem bem lentos e nos últimos dias os preços do café arábica reagiram. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP), os preços do café arábica reagiram neste início de mês. No acumulado parcial deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi para R$ 483,48/saca de 60 kg na quarta-feira, reação de 3,9%.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor