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SOJA CAMINHA DE LADO EM CHICAGO NESTA 4ª FEIRA APÓS FORTES BAIXAS E NO AGUARDO DO USDA

A quarta-feira (9) é de novo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e, como tradicionalmente acontece, o mercado caminha de lado à espera dos novos números. Porém, depois das fortes baixas dos últimos dias, os futuros da oleaginosa tentavam um ligeiro avanço e subiam entre 0,25 e 0,75 ponto entre os principais vencimentos. 
Ao mesmo tempo, entretanto, a atual situação de nervosismo no mercado financeiro, motivada, principalmente, pela forte baixa do do petróleo e pela alta do dólar, têm trazido uma pressão bastante consistente para as cotações nas últimas sessões. 
Assim, por volta das 7h20 (horário de Brasília), o primeiro contrato – janeiro/16 – era cotado a US$ 8,77 por bushel, com alta de 0,75 ponto, enquanto o maio/16, referência para a safra brasileira, valia US$ 8,86. 
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja: Mercado acentua perdas em Chicago nesta 3ª e preços perdem força no BR, mas fecham em alta
O mercado internacional da soja, que vinha operando com estabilidade durante todo o dia, itensificou suas baixas no final da sessão da tarde desta terça-feira (8) na Bolsa de Chicago e, mais uma vez, tirou a força dos preços praticados no Brasil, que vinham encontrando estímulo na alta do dólar frente ao real. Os futuros da oleaginosa terminaram perdendo pouco mais de 5 pontos na CBOT, com o maio/16, referência para a safra brasileiro, valendo US$ 8,86 por bushel.
Assim, o produto disponível negociado no porto de Paranaguá encerrou os negócios na estabilidade dos R$ 80,00 por saca, enquanto em Rio Grande foi a R$ 79,20, com alta de 1,54%. Já a soja da nova safra se manteve em R$ 77,00 no terminal paranaense, enquanto no gaúcho foi a R$ 77,20, com alta de 0,26%. Porém, no meio do dia, os preços no porto de Rio Grande subiam mais de 4%. 
A moeda norte-americana fechou com 1,36% de alta e cotada a R$ 3,81, diante da ainda elevada e presente aversão ao risco no mercado financeiro internacional, além dos fatores políticos no Brasil, com a crise sendo agravada pela carta de Michel Temer à Dilma Rousseff que vazou e deu sinalizações de mais um novo abalo na relação da presidente e seu vice. 
"A queda (do dólar) na abertura aconteceu por fatores políticos, mas o cenário externo piorou tanto ao longo da manhã que não deu mais para ignorar", disse o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato, ressaltando que o quadro de incertezas limitava a liquidez e deixava o mercado mais sensível."A queda (do dólar) na abertura aconteceu por fatores políticos, mas o cenário externo piorou tanto ao longo da manhã que não deu mais para ignorar", disse o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato à agencia de notícias Reuters, ressaltando que o quadro de incertezas limitava a liquidez e deixava o mercado mais sensível.
Bolsa de Chicago
Em Chicago, mais uma vez a queda das cotações foi motivada por uma liquidação de posições motivada, entre outros fatores, pelo momento de mau humor do mercado financeiro. Os traders e investidores seguem buscando ativos mais seguros, provocando uma corrida para o dólar, que subiu não só frente ao real, mas, novamente, frente a uma cesta de principais moedas. 
Além disso, à espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam amanhã, 9 de dezembro, os negócios seguem marcados por intensa volatilidade em Chicago. As expectativas são divergentes para os novos dados, principalmente sobre os estoques finais, tanto norte-americanos quanto globais, segundo analistas. 
Por outro lado, como explicou o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, o mercado internacional de grãos ainda encontra suporte, apesar dessa liquidação que pressiona as cotações, na retração vendedora dos produtores americanos. Os preços ainda seguem abaixo dos custos de produção e nada atrativos, além do dólar em alta reduzir sua competitividade no cenário internacional. 
Paralelamente, os novos números das importações mensais de soja pela China também foram importantes. A Administração Geral da Alfândega da China informou, nesta terça-feira (8), que o país importou 7,39 milhões de toneladas de soja em novembro. O volume é, ainda de acordo com as informações da instituição, 23% maior do que no mesmo período do ano anterior e 34% maior do que o importado em outubro. O número fica abaixo apenas do recorde de 9,5 milhões de toneladas registrado em julho. 
Ainda assim, outro recorde pode ser observado com os últimos números. Nos primeiros 11 meses do ano comercial, as compras chinesas da oleaginosa já chegam a 72,6 milhões de toneladas, ou seja, 15,4% a mais do que em relação ao mesmo intervalo da temporada anterior. 
"As importações de soja da China continuam em um ritmo recorde", informou, em nota divulgada pelo portal internacional Agrimoney, o Banco da Austrália & Nova Zelândia. "Os estoques insuficientes de outros componentes de bastante proteína para a ração animal têm sido o principal direcionador da demanda da nação asiática em 2015", diz o reporte.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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