De acordo com um levantamento feito pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso Sul (Aprosoja/MS), o número de apólices de seguro rural aumentou no Brasil. A área protegida passou de 9,6 milhões de hectares em 2013 para 9,9 milhões em 2014, alta de 3,7%, com 16% mais contratos firmados. Em sentido contrário, o cenário em Mato Grosso do Sul é diferente.
No mesmo período, o Estado registrou queda de 12%, saindo da casa de 1 milhão de hectares para 914 mil hectares. Especificamente para a soja, a área segurada aumentou 10% e o número de apólices caiu 1,85%. Já para o milho, a área segurada teve queda de 47%, e as apólices foram 29% menores.
A explicação para a queda está no baixo nível de cobertura dos seguros, como explica o gestor do departamento técnico do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Justino Mendes.
- Desde o início do programa, em 2005, os dispêndios (gastos) foram crescentes, atingindo o pico de R$ 694 milhões no ano passado. Em contrapartida, o valor da subvenção, que é a parte atribuída pelo governo, teve redução – afirmou.
Para se ter uma ideia, entre 2013 e 2014, o subsídio destinado para a soja e o milho 2ª safra em Mato Grosso do Sul registrou queda de 40%.
Segundo o especialista em seguros rurais, Arnaldo Gaspar, outro grande entrave é a falta de informação sobre seguro rural.
- Algumas pessoas não sabem, mas o seguro só não inclui o arrendamento e a comercialização do grão. Outros custos podem ser adicionados conforme a necessidade de cada cultivo ou região – disse.
Hoje também existe um fundo garantidor, fruto da parceria formada entre as companhias e o Governo Federal, que em caso de catástrofes, divide o valor do prêmio com outras seguradoras, o chamado resseguro.
Fonte: InfoMoney