Um setor que contribui com a economia, gera empregos e se mantém imune a crises, mas ainda carece de reconhecimento político e social. Esse é a frustração vivida pela cadeia da avicultura, que amplia a união dentro do setor para tentar ampliar sua força. Para isso, a comunicação assume um papel-chave, mostrou o evento de lançamento da Expedição Avicultura 2015, realizado nesta sexta-feira (20) na sede da GT Foods, em Maringá.
O evento ocorreu junto com o Jantar do Galo, evento comemorativo anual promovido pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar). Especialistas e autoridades ligadas ao setor fizeram um balanço do ano e traçam prognósticos para o futuro.
- Não há crise na avicultura paranaense. Fomos fortes quando a greve dos caminhoneiros fechou estradas e seguimos firmes com a greve dos fiscais agropecuários que ocorreu depois – lembrou Domingos Martins, presidente do Sindiavipar. – Com isso, conseguimos contribuir com mais de 3% do PIB do Brasil neste ano – destacou.
E é justamente para mostrar essa força do setor que a Expedição Avicultura volta a campo neste ano, lembrou o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira.
- A sociedade precisa enxergar a avicultura como um sistema de produção, que nada mais faz do que converter milho e soja em carne por meio de uma cadeia produtiva forte – destacou.
Ele destacou dados que comprovam a força do Sul do país nesse mercado, justificando o roteiro técnico e jornalístico da Expedição pelos três estados.
- Ao todo a região responde por 63,5% do total produzido e 75% do volume exportado no país – frisou.
A importância da atividade já é reconhecida por entidades como o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico do Extremo Sul (BRDE).
- Há um compromisso do setor com o banco, e não só um envolvimento. Nós acreditamos na avicultura, e a Expedição ajuda a mostrar a importância do campo para as pessoas – disse o diretor administrativo do banco, Orlando Pessuti.
- Nos últimos quinze anos o banco financiou mais de R$ 1,2 bilhões só em aviários – lembrou o diretor de operações do BRDE, Wilson Quintero.
Durante o evento também foi assinado um acordo de ampliação do convênio entre o BRDE e a GT Foods para liberação de R$ 100 milhões para a reforma e construção de novos aviários.
O deputado federal Sérgio Souza (PMDB) lembrou que mesmo com o cenário adverso da política brasileira também é possível trazer contribuições ao setor.
- Nós políticos estamos em baixa, mas ainda assim precisamos falar de política, porque ela gera um reflexo no cotidiano das pessoas – disse. Podemos contribuir com o setor em ações como o auxílio na abertura de novos mercados, por exemplo – acrescentou.
Fonte: Gazeta do Povo