Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (20) do lado negativo da tabela. As principais posições da oleaginosa exibiam perdas entre 4,25 e 4,50 pontos, por volta das 7h58 (horário de Brasília). O vencimento janeiro/16 era cotado a US$ 8,55 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 8,60 por bushel.
Os fundamentos ainda pesam sobre as cotações da soja, conforme ressaltam os analistas. A safra recorde nos EUA e as projeções de produções elevadas na América do Sul, o que consequentemente resultaria em estoques maiores acabam pressionando o mercado, que tem operado bem próximo do patamar de suporte, de US$ 8,50 por bushel.
Ainda ontem, as cotações registraram leves ganhos, impulsionadas pelos números das vendas para exportação, indicadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana encerrada no dia 12 de novembro, as vendas da safra 2015/16 somaram 1.797,6 milhão de toneladas. O número representa uma alta de 39% em relação à semana anterior, na qual, as vendas ficaram em 1,297 milhão de toneladas. Mais uma vez, a China foi o principal comprador do produto americano. Já as apostas dos investidores giravam entre 700 mil a 1,100 milhão de toneladas.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja: Mercado tem dia de leves altas em Chicago com o suporte das exportações semanais
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras da soja fecharam o pregão desta quinta-feira (18) com leves ganhos. Ao longo do dia, as principais posições da oleaginosa chegaram a exibir altas mais fortes, mas encerraram a sessão com valorizações entre 2,25 e 2,50 pontos. O vencimento janeiro/16 era cotado a US$ 8,60 por bushel.
De acordo com informações da analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea Sousa Cordeiro, as cotações encontraram suporte nos números das vendas semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “As vendas semanais reforçaram os números altos, mostrando a China liderando como destino principal e acabou sendo um impulso para compras de fundos, mas foram modestas. Ainda assim, o peso das informações baixistas acaba sendo maior, os fundos carregam grandes posições vendidas na soja, em torno de 80 mil contratos”, explica.
No caso da soja, na semana encerrada no dia 12 de novembro, as vendas da safra 2015/16 somaram 1.797,6 milhão de toneladas. O número representa uma alta de 39% em relação à semana anterior, na qual, as vendas ficaram em 1,297 milhão de toneladas. Mais uma vez, a China foi o principal comprador do produto americano. Já as apostas dos investidores giravam entre 700 mil a 1,100 milhão de toneladas.
Até o momento, o volume acumulado no ano comercial 2015/16 subiu para 31.428,2 milhões de toneladas de soja. Ainda assim, o total é 17% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Da temporada 2016/17, o USDA indicou as vendas em 500 toneladas de soja. A venda foi relatada para o Japão.
Ainda nesta quinta-feira, o IGC (Conselho Internacional de Grãos, na sigla em inglês) estimou a produção global de soja em 321 milhões de toneladas nesta temporada. O número está em linha com o estimado pelo USDA em seu último boletim de oferta e demanda, de 321,02 milhões de toneladas.
Nesta quinta-feira, o Goldman Sachs descartou uma recuperação dos preços da maioria das culturas. No caso da soja, o banco ressaltou que "riscos climáticos têm aumentado no Brasil ao longo das últimas semanas sobre as condições de plantios mais secos", o que refletiu em um atraso nos trabalhos nos campos, conforme dados divulgados pelo site internacional Agrimoney.
No país, as chuvas continuam bastante irregulares no Sudeste e no Centro-Oeste do país. Em muitas localidades do Mato Grosso, maior estado produtor de soja, a semeadura segue atrasada e os agricultores ressaltam a necessidade de replantio em algumas áreas devido às chuvas esparsas e as temperaturas mais altas.
Conforme boletim informativo do agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, as chuvas ainda ocorrem mais na forma de pancadas. "E esse padrão meteorológico deverá se manter inalterado ao longo dos próximos dias. Assim deverá chover em todas as regiões produtoras do Sudeste, Centro-oeste e também do MATOPIBA e do Pará. Mas tais chuvas não cairão em todas as localidades no mesmo momento e continuarão irregulares. Com isso, o plantio da soja, que está bem atrasado, avançará mais não como deveria – a passos largos", explica.
Porém, o banco também levou em consideração a perspectiva de que vendas acentuadas por parte dos produtores argentinos após as eleições do próximo domingo (22). Ambos os candidatos à presidência da república, que disputam o segundo turno, se comprometeram a aliviar os impostos e burocracia na agricultura.
"Os agricultores argentinos têm acumulado significativos estoques [soja] para fins de cobertura de risco de inflação e poderia ser incentivados a vender como ambos os candidatos prometem baixar as tarifas de exportação do grão", ressalta o banco em nota.
Além disso, a Bolsa de Grãos de Buenos Aires reportou nesta quinta-feira que a passagem de uma frente fria, com fortes rajas de vento, com chuvas pesadas e queda de granizo ocasionaram predas de lotes de soja em diferentes setores do leste de Córdoba, Santa Fé central e sul e na região de Entre Ríos. A Bolsa de Cereais de Rosário indica que cerca de 20,5 milhões de hectares deverão ser cultivados com a soja nesta temporada.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca da soja disponível fechou o dia estável a R$ 81,00, já a cotação futura não houve indicação. No terminal de Rio Grande, a saca disponível caiu 1,84%, cotada a R$ 80,00 e a saca para entrega futura ficou em R$ 76,00, com queda de 0,65%. Apesar da ligeira alta no mercado internacional, as cotações acompanharam o comportamento do dólar.
A moeda norte-americana, por sua vez, encerrou o dia a R$ 3,7290 na venda, com queda de 1,61%. O menor nível de fechamento desde 1º de setembro, quando tocou o nível de R$ 3,6880. De acordo com dados da agência Reuters, o dólar recuou em meio a uma reação de que o aperto monetário nos EUA se dará de forma gradual e também devido à atuação do Banco Central.
Contudo, os analistas destacam que esse é o momento de entressafra no Brasil e boa parte da safra 2015/16 já foi negociada antecipadamente. Com isso, os produtores brasileiros estão preocupados com a finalização do plantio do grão e da garantia de uma boa produtividade para essa temporada.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor