Com o objetivo de congregar as comunidades rurais do município de Alegrete, a Emater/RS-Ascar, Fundação Maronna e Prefeitura de Alegrete realizaram o 7º Encontro de Pecuaristas Familiares no dia 13 de novembro, na sede do rodeio de Aluísio Jacques, na localidade do Silvestre. Quase 100 pessoas estiveram presentes no evento, que contou com palestras e uma Oficina do Projeto RS Biodiversidade, e durou todo o dia.
O médico veterinário da Emater/RS-Ascar, Márcio Amaral, ministrou a Oficina do Projeto RS Biodiversidade e ensinou métodos para medir a matéria seca do campo nativo, detectar se o potreiro está apto para a colocação dos animais e assim fazer o ajuste de lotação. Amaral ainda defendeu o projeto, destacando que ?faz 300 anos que os animais pastejam nos mesmos campos. O pastoreio rotativo faz com que a pastagem cresça com mais qualidade?, explicou.
Com o tema O Calendário de Entoure em Rebanho de Cria, o médico veterinário da Tortuga, Eduardo Madruga, falou sobre os benefícios do entoure programado e a repetição de cria, entre outros. ?Há muita interferência quando o assunto é a atividade rural, principalmente do clima, mas na parte que nos toca, não podemos ser ineficientes?, ressaltou Madruga, se referindo à importância de planejamento na pecuária.
Já o pecuarista Luís Evaristo de Souza falou sobre a pecuária de alto rendimento em campo nativo e o uso de pastoreio rotativo.
Para mostrar como o associativismo pode dar certo no meio rural, os pecuaristas familiares João Alaor Maciel Moraes e Ivori Ilha Machado, da Associação Comunitária Santa Barbinha de Caçapava do Sul, apresentaram a palestra sobre O associativismo e os impactos no desenvolvimento das comunidades rurais. Eles contaram toda história do grupo, desde o início até o começo dos trabalhos acompanhados pela Emater/RS-Ascar. ?A Associação nos tornou mais parceiros e pudemos acessar mais direitos e, com isso, nos sentimos cidadãos mais incluídos?, comemorou Machado.
Para o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Guilherme Fernandes, o trabalho em grupo facilita na atividade rural, principalmente quando se trata de pequenos produtores. ?Eles conseguem fazer melhoramento genético e produção de matrizes. Também participam de feiras de terneiros?, frisou ele.
O PhD em parasitologia, Carlos Cordoves, falou sobre o carrapato e as ferramentas de controle. Ele apresentou a homeopatia como uma alternativa para combater o parasita. ?Um animal que ingere medicamentos homeopáticos com o tempo adquire mais forças para lutar conta as doenças que está exposto?, avisou Cordoves.
Fonte: Emater- RS