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MINAS 2032 – SUPERAR GARGALOS PARA GARANTIR A OFERTA

Ao traçar o panorama da situação atual do agronegócio brasileiro – apresentação que abriu o seminário Minas 2032 – Agronegócio – Desafios e oportunidades, planejamento e estratégias -, o presidente da FAEMG, Roberto Simões, foi firme ao afirmar que o setor tem correspondido com o que se espera dele: mantendo o crescimento mesmo com o arrefecimento da economia. No entanto, os reflexos da crise que atinge o país já estão chegando ao campo.
"Não somos uma ilha e já começamos a sentir alguns efeitos da crise. A partir do momento que a economia arrefece, logicamente todos os setores são afetados. A gente já começa a pensar nas próximas safras, na elevação de custos que vai ocorrer. Enfim, em uma série de Àsenões" que deverão nos afetar negativamente nos próximos anos", afirmou.
Como o presidente da Faemg não considera a demanda um problema para o agronegócio, pelo menos até 2032, do lado da oferta ele aponta alguns desafios que precisam ser superados. O primeiro deles é o problema da infraestrutura. Caso não ocorra uma readequação do atual sistema de infraestrutura e logística brasileira, o setor não terá como crescer. "Já estamos praticamente no ponto limite", disse.
Por outro lado, ele avaliou que o recente lançamento na Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) do programa chamado Sudeste Competitivo – patrocinado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) -, que faz parte de uma série de estudos visando melhorar a qualidade da infraestrutura e logística de todas as regiões do Brasil, "foi um grande alívio".
Trata-se, segundo Simões, de um estudo apurado que poderá ser usado pelos governos como indicador dos principais caminhos e investimentos que precisam ser feitos em rodovias, ferrovias e até mesmo hidrovias para favorecer o crescimento do País. "Agora, temos pelo menos uma base para estudar e planejar o futuro, porque da maneira como está não dá para continuar", ressaltou Simões. 
Economia
Do ponto de vista econômico, o presidente da Faemg disse que, no âmbito do crédito rural, não haverá mais o mesmo crescimento projetado para a agricultura dos últimos anos. "Desde esta safra, já não há mais acesso a uma taxa de crédito com juros controlados.  aí que precisamos reestruturar a questão, porque com taxas livres leva-se à aplicação de taxas médias com valores não praticáveis pelo setor", explicou.
Outro problema é o seguro. Na opinião de Simões, é inimaginável uma agricultura do tamanho da do Brasil não ter seguro. "Ainda mais com todos os percalços e intempéries a que ela está sujeita, como questões biológicas e mercadológicas", disse. Porém, tem se falado sobre um novo seguro, que além de cobrir intempéries cobre também renda.
"Acho que agora começamos a pensar de forma correta. Acredito que tem grande futuro. O problema é que o prêmio pago pelo agricultor é muito salgado. Tínhamos a esperança de conseguir um subsídio federal ao prêmio. Mas, por razões que não carece comentar, isso não está acontecendo. Estão arranjando um subterfúgio de pagarmos 30% do prêmio e o restante se embute no financiamento do seguro. Pelo menos livra o empresário do agronegócio de um desembolso inicial alto, que muitos não terão", alertou.
Fonte: Diário do Comércio

Fonte: Canal do Produtor



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