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PREÇOS DISPARAM JUNDIAÍ

Tomate pelo dobro do preço e mamão pelo menos 50% mais caro. Esses são os primeiros reflexos da greve dos caminhoneiros na mesa do consumidor. Vindos de estados como Paraná, Minas Gerais e Bahia, o bloqueio das estradas tem dificultado a chegada dos produtos e encarecido o frete. Para os comerciantes, a situação deve piorar.

Na sexta-feira, o quilo do tomate custava R$ 2,50, na quarta já havia subido para R$ 5. De acordo com o comerciante Rubem Taketomy, não foi possível buscar remessas do fruto no Paraná essa semana.

- Para Minas Gerais conseguimos viajar porque fizemos desvios. Mas isso deixou o frete bem mais caro – afirmou.

Taketomy abastece toda a Região, fornecendo aproximadamente 15 toneladas de tomates por dia.

- No começo da semana muitos mercados vieram comprar em grandes remessas para estocar, com medo de que deixemos de conseguir transportar o produto. E continua assim. Tudo o que trazemos, vende rápido demais. Isso ajuda a fazer o preço subir mais ainda – afirmou.

Para o comerciante André Luchesi, o mamão papaia e o mamão formosa foram os dois produtos que mais sofreram o impacto da greve dos caminhoneiros até o momento.

- Vêm da Bahia e de Minas Gerais e as estradas estão bloqueadas. Temos dificuldade tanto para passar quanto com o valor do frete, que dobrou – disse ele.

Segundo ele, uma caixa de 20 kg de mamão formosa custava R$ 32 na sexta-feira passada, hoje custa R$ 50. Já a caixa de papaia, que pesa 9 kg, passou de R$ 18 para R$ 28.

- E isso é enquanto temos a mercadoria. Se a greve continuar não há como saber se a oferta não vai deixar de existir – disse ele.

Contraponto

Embora consumidores estejam relatando falta de combustível em diversas regiões do País devido à greve dos caminhoneiros, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados do Petróleo de Campinas e Região, por ora não houve registros do problema aqui. A entidade afirmou que nenhum posto da Região deixou de ser reabastecido até o momento.

A indústria regional também não foi afetada. Segundo o diretor de Logística e Telecomunicações do Departamento de Infraestrutura do Ciesp Jundiaí (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Gilson Pichioli, o reflexo da greve não chegou à Região.

- Algumas vias importantes têm sido bloqueadas, mas ainda há alternativas de trajeto, então não sentimos uma mudança no cotidiano das empresas – disse ele.

Fonte: JJ – Jornal de Jundiaí



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