O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) inesperadamente revisou para cima nesta terça-feira sua estimativa para a oferta global de grãos para ração, dizendo que as usinas chinesas têm usado, nos últimos três anos, outros cereais além do milho em uma taxa maior que o que se acreditava anteriormente.
Os estoques chineses de milho no início do ano comercial 2015/16, que se encerra em 30 de setembro, foram aumentados em 18,8 milhões de toneladas, “refletindo o impacto do uso de grãos para rações menor que o estimado nos anos comerciais anteriores”, disse o USDA em seu relatório mensal de oferta e demanda globais.
Com o preço do milho pairando próximo a máximas históricas nos últimos anos, os importadores de grãos forrageiros cada vez mais têm se voltado para alternativas como trigo, sorgo e grãos secos de destilaria, um subproduto da fabricação de etanol de milho.
As revisões também sugerem que o rebanho de gado da China pode não ser tão grande quanto o que se pensava anteriormente, disseram alguns analistas.
O milho utilizado pelo setor de alimentação animal da China em 2015/16 foi estimado em 150 milhões de toneladas, uma queda de 7 milhões ante a estimativa do USDA no mês anterior, embora as importações do grão tenham sido mantidas inalteradas em 3 milhões de toneladas.
Fonte: Reuters