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DIA DE MERCADO DE CAFÉ EM LAVRAS (MG) APRESENTA SOLUÇÕES EFICIENTES PARA AUMENTAR COMPETITIVIDADE DO CAFEICULTOR

Lavras (MG) (06/11/2015) – Com o objetivo de apresentar ao cafeicultor soluções eficientes para melhorar a renda e consequentemente aumentar a competitividade no mercado, o Dia de Mercado de Café reuniu aproximadamente 120 participantes em um dia de palestras, debates e estandes sobre a produção de café na região Sul de Minas Gerais. O evento aconteceu nessa quinta-feira (05/11), na Universidade Federal de Lavras (UFLA), e revelou os dados coletados pelo Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados da UFLA. 
A abertura do Dia de Mercado contou com a presença do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lavras, Eduardo Pena e do coordenador-geral do Centro de Inteligência em Mercado da UFLA, Luiz Gonzaga Castro. “Essa parceria entre as entidades representantes da agricultura possibilita a propagação de soluções em gestão de modelo de negócios, tecnologias de irrigação e mecanização da lavoura”, afirmou Luiz Gonzaga. 
A coordenadora da área de produção agrícola da CNA, Natália Fernandes, foi a moderadora do primeiro painel e detalhou os objetivos do Projeto Campo Futuro e a importância do produtor participar dos painéis realizados em alguns Estados. De acordo com ela, o projeto alia a capacitação do produtor rural à geração de informação, direcionada ao gerenciamento de riscos de preços, de custos e de produção. “Cada vez mais o mercado exige conhecimento do cafeicultor e estratégias mais aprimoradas no processo de comercialização e gestão de riscos”, explicou Natália.
A primeira palestra foi comandada pelo engenheiro agrônomo e coordenador de Pesquisas e Serviços em Gestão do CIM/UFLA, Diego de Oliveira. Segundo ele, o planejamento é o segredo para se obter uma margem de lucro satisfatória e uma produção eficiente. “O primeiro passo para o sucesso da atividade cafeeira começa com o plano de ação da gestão de informação, do ambiente da produção e do cliente final”, disse. Inicialmente o produtor precisa detalhar os custos de produção da lavoura, gerando indicadores como o Custo Operacional Efetivo (COE), Custo Operacional Total (COT) e Custo Total (CT) para então aplicar o processo de gestão.
A apresentação seguinte, feita pelo engenheiro agrônomo e coordenador do CIM/UFLA, Fabrício Andrade, também foi baseada na gestão da propriedade rural. Para ele, para obter bons resultados é necessário, primeiro, definir o objetivo, que geralmente é concentrado na geração e margem de lucro. “Se o planejamento e a disciplina forem seguidos corretamente, o cafeicultor consegue aumentar a eficiência da produção, diminuir os custos e ainda, multiplicar o valor de entrada no caixa”.
O encerramento do primeiro painel foi responsabilidade do diretor do Departamento Técnico da Cooperativa dos Produtores de Café Especial de Boa Esperança/MG, Eliezer Reis, que citou o trabalho e eficiência da cooperativa como caso de sucesso. Ele destacou as ações para aumentar o bem-estar social e ambiental e a qualidade dos cafés. “Atualmente a cooperativa atende o mercado convencional e sustentável e inicia o orgânico, que tem apresentado um bom crescimento. A cooperativa de Boa Esperança também elabora projetos de melhoria de proteção e conservação do solo, adubação verde e mapeamento de pragas”, relatou Reis.
Já o segundo painel do Dia de Mercado de Café foi moderado pelo assessor técnico da CNA, Fernando Rati, que no final do evento participou da mesa redonda de debates com os palestrantes convidados. O professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Leandro Paiva, foi o quarto palestrante do dia e falou sobre os tipos, pontuações e qualidade do café brasileiro e algumas técnicas de pós-colheita para obtenção de alta qualidade de cafés e diferenciação no mercado. “Cada etapa da pós-colheita como processamento, secagem e armazenamento influenciam na qualidade final”.
Paiva explicou que a qualidade superior da bebida depende da quantidade mínima ou mesmo ausência de defeitos, aspecto dos grãos, local de plantio, forma de colheita, tipo de preparo, cuidados na secagem e no armazenamento e sustentabilidade econômica, ambiental e social da produção. “Todas as atividades nessa fase devem ser bem conduzidas para preservar a qualidade dos frutos colhidos da lavoura.”, observou.
A quinta palestra sobre estratégias para colheita do café em áreas montanhosas foi ministrada pelo professor do Departamento de Engenharia Agrícola da UFLA, Fábio Moreira. De acordo com o professor, a cafeicultura de montanha é tradicional e produz excelentes cafés e 78% das áreas do sul de Minas estão abaixo de 20% de declividade. “Infelizmente o produtor passa por dificuldades na contratação de mão de obra. A colheita seletiva seria o ideal, mas os custos inviabilizam o processo”, disse.
O engenheiro agrônomo e analista da MBAgro, César de Castro Alves, fez o encerramento do Dia de Mercado de Café sobre as tendências de mercado e estratégias para o aumento da competitividade da cafeicultura brasileira. César falou que há anos o consumo mundial cresce de maneira consistente mesmo em anos de menor expansão econômica. “Isso significa um amplo mercado para o produto brasileiro, que vem cada vez mais passando a ser conhecido como origem de qualidade, não somente quantidade”, finalizou o analista.
O Dia de Mercado de Café foi o último evento realizado em regiões produtoras. Os primeiros foram sobre a pecuária de corte, em Rio Branco no Acre, em seguida o de grãos em Luiz Eduardo Magalhães (BA) e o de aquicultura, em Toledo (PR). Para encerrar os eventos de mercado deste ano, a CNA vai realizar, no dia 18 de novembro, em Brasília, o Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro 2015. O evento vai reunir os especialistas das entidades parceiras para apresentar um panorama dos resultados obtidos nos levantamentos de custos de produção realizados ao longo do ano nas regiões. É importante a participação dos produtores, líderes e representantes do setor para maior integração.
Serviço
Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro 2015
Data: 18 de novembro de 2015 (quarta-feira)
Horário: das 8h30 às 17h
Local: Sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
SGAN, Quadra 601, Módulo K, S/N, Asa Norte, Brasília – DF Auditório – 1º subsolo
Inscrições: http://www.canaldoprodutor.com.br/seminario-nacional-do-projeto-campo-futuro-2015
Assessoria de Comunicação CNA
telefone: (61) 2109 1419
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Fonte: Canal do Produtor



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