"Esse ano não vai dar em nada. Nasci no meio do arrozal, mas nunca aconteceu de tanta chuva assim." As palavras de apreensão são de Rosaurio Stolf, produtor de arroz no bairro Santa Luzia, que tinha expectativa de colher 20 mil sacas, começando em janeiro até a ressoca. Ele e quase 90% dos rizicultores de Jaraguá do Sul e região já deveriam ter feito aplicação de adubo e defensivo, mas estão esperando a chuva dar uma trégua. Enquanto isso, pragas como o brusone e o bicudo se espalham.
A Epagri calcula que, se dentro de 15 a 20 dias o tempo melhorar, ainda é possível reverter o quadro. Mas se a chuva permanecer assim constante no período de floração do arroz (a partir de dezembro, principalmente), a perda da produção é certa. Outras culturas importantes no Vale do Itapocu também estão sofrendo e o cronograma de colheita já começou a atrasar.
A queda de barreiras na roça e a dificuldade de acesso impede os bananicultores de fazerem o manejo. Com o solo encharcado, o oxigênio na terra está escasso, comprometendo o enraizamento das plantas. Não há estimativas de prejuízo ou número de pessoas atingidas, mas nas indústrias de beneficiamento os reflexos ainda não chegaram.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
Fonte: Canal do Produtor
