Desenvolvido desde 1985 em Santa Catarina, o programa milho, feijão e pastagem após a colheita do tabaco incentiva a diversificação das culturas após a colheita do tabaco. Este ano, a proposta é apoiar ainda o cultivo de pastagens para a produção leiteira.
Até o final do ano, as lavouras de fumo desocupam as áreas e os produtores ficam com espaço disponível para cultivar feijão, milho e pastagens até o início do inverno. Especialistas acreditam que esta é uma oportunidade importante para os fumicultores, que podem aproveitar melhor a terra e obter uma renda extra. Com o plantio de pastagem e o sistema de Integração Lavoura Pecuária, os produtores de tabaco podem se tornar também grandes produtores de leite.
O programa trabalha três pilares: a proteção do solo, a otimização de recursos e o estímulo à sustentabilidade. A indústria entende que o produtor deve ter opções de renda, com o cultivo de produtos para o consumo próprio ou que sirvam como insumos para outras culturas de geração de renda.
As principais vantagens para o produtor de fumo são: proteger o solo da erosão, aproveitar o residual da adubação do tabaco; evitar a proliferação de pragas e ervas daninhas e gerar renda extra na propriedade. A Secretaria da Agricultura de Santa Catarina oferece a orientação técnica aos produtores, através da Epagri, e fornece as sementes de milho, por meio do Programa Terra-Boa. Os interessados em participar do Programa devem procurar os técnicos da Epagri de seu município.
Produção
A Região Sul é responsável por 98% da produção brasileira de tabaco, sendo Santa Catarina o segundo maior produtor do país. Nos três estados do Sul, a produção de fumo é realizada em regime de integração com a indústria e, assim, o plantio se dá de acordo com as necessidades internas e de exportação.
Segundo dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), em Santa Catarina são 47 mil fumicultores, com 120 mil hectares plantados, responsáveis pela produção de 258,2 mil toneladas em 2014. As exportações chegaram a 75 mil toneladas, um rendimento de US$ 386 milhões.
Fonte: Gazeta do Povo (AgroGP)
Fonte: Canal do Produtor