Segundo o engenheiro agrônomo e pesquisador Sebastião Bellettini, responsável pelo Projeto Palmáceas da Emater no Litoral, a cultura de pupunha foi introduzida no Paraná em 1994, quando chegaram 1.200 mudas procedentes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal, dando início a uma série de pesquisas e plantios experimentais.
Atualmente o cultivo da pupunha envolve 1,5 mil agricultores no litoral e nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, com uma produção anual de oito milhões de hastes de palmitos.
A região litorânea atinge uma área com nove milhões de pés de pupunha e concentra aproximadamente 500 produtores. Hoje, 13 agroindústrias processam o palmito dessa palmeira para produção de conservas em todo o Estado. Além das indústrias instaladas no Estado, indústrias de Santa Catarina e São Paulo também compram o palmito dos produtores no Paraná. Os maiores produtores de pupunha são São Paulo e Bahia.
"O litoral do Paraná é a região que apresenta melhores condições para o cultivo de pupunha em função do clima quente e chuvas frequentes o ano inteiro o que possibilita o crescimento rápido e a alta produtividade. Enquanto outras regiões do Estado não apresentam estas características necessitando de irrigação, o que aumenta o custo de produção", destaca Bellettini.
Na sua opinião, o mercado de palmito é promissor e a tendência é que o consumo de palmito pupunha aumente nos próximos anos. "O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de palmito no mundo, mas o consumo per capta ainda é baixo, em torno de 50 gramas anuais", informa.
O custo para produzir um hectare de pupunha gira em torno de R$ 11 mil. Por ser uma espécie que perfilha, a sua colheita é feita pelo menos três vezes ao ano, por um período de aproximadamente 15 anos ou mais. Depois da primeira colheita (18 meses), o produtor poderá ter uma renda bruta de aproximadamente R$ 12 mil ao ano por hectare e uma renda líquida em torno de R$ 6 mil por hectare ao ano. (A.P.N.)
Fonte: Folha Web
Fonte: Canal do Produtor
