A previsão oficial para o ciclo cafeeiro de 2015/2016 em El Salvador é que a produção chegue a quase um milhão de quintais (sacas de 46 quilos), de acordo com o vice-ministro da Agricultura e Pecuária, Hugo Flores.
- Nós esperamos, e isso através de uma pesquisa de projeção de colheita que dependerá das condições do clima; estimamos que teremos 998.895 quintais (765.819,5 sacas de 60 quilos) na colheita de 2015/2016 – disse.
Flores, que participou da celebração oficial do Dia da Cafeicultura na Fazenda Montevideo, em El Boquerón, destacou que essa previsão é 7,9% maior, ou cerca de 56 mil sacas de 60 quilos a mais, do que a produção em 2014/2015.
- Poderia ser mais se as condições do clima nos favorecessem, poderá ser menos se as condições atuais com excesso de chuva se mantiverem, mas nós esperamos aumentar a produção de café – afirmou.
De acordo com os últimos dados do Conselho Salvadorenho de Café (CSC), até 7 de outubro a produção para o ciclo de 2014/2015 foi de 709.289,33 sacas de 60 quilos, cerca de 172,5 mil sacas a mais que em 2013/2014.
As autoridades disseram que os programas de nutrição nos cafezais via raiz ou folhagem, controle da ferrugem, limpeza, substituição de cafezais e outras boas práticas da cafeicultores estão começando a dar resultados positivos nos cultivos.
O coordenador da divisão CENTA-Café, do MAG, Adán Hernández, disse que o mais importante ao pensar na colheita é a porcentagem de oferta de empregos que implica.
- Ao ter baixado por anos a produção, também baixou a oferta de trabalho. Então, recuperar a produção significa também recuperar esses empregos – disse.
Hernández explicou que, com a seca que afetou os cafezais este ano e no ano anterior, o efeito se refletiu no menor crescimento dos ramos e dos grãos. Com a chuva, a situação se tornou mais complexa, porque ao estar maduro, o grão se rompe, cai e, por conseguinte, a produção final é menor. Eles esperam que, para 2015/2016, as condições se normalizem.
O representante da cooperativa de produtores de mudas de café de Atiquizaya, Walter Ortiz, o maior problema é que os cafezais estão velhos e ainda que sejam aplicados fungicidas, a planta já alcançou seu máximo de vida produtiva.
- Não é que o solo esteja gasto ou não possa produzir, é que a planta já chegou à sua velhice, por isso, é urgente que se avance no repovoamento do parque cafeeiro – afirmou.
Ele disse que esse ano foram enviadas 7,4 milhões de mudas ao MAG para seu plano de repovoamento.
Fonte: CaféPoint