O plantio da primeira safra de feijão também segue em ritmo normal, com 84% da área prevista (de 183.583 hectares) ocupados. Segundo o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Carlos Alberto Salvador, apesar da redução de área de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, a estimativa de produção cresce outros 5%, devendo passar de 324.545 toneladas colhidas na safra passada para 339.489 toneladas na safra 15/16.
O técnico explica que a colheita de feijão da primeira safra inicia já no final de novembro e preocupa um pouco o excesso de umidade, decorrente das chuvas, que dificultam os tratos culturais, podendo ocasionar infestação de doenças.
- Isso é pontual, mas mexe no bolso do produtor porque aumenta custo.No entanto, a situação das lavouras de feijão no Paraná está longe do quadro dos demais estados do Sul, que enfrentam fortes chuvas e inundações – aponta o técnico.
O preço do feijão está bom, em média de R$ 120,78 a saca do feijão de cor e R$ 101,10 a saca do feijão preto. Os valores estão acima dos novos preços mínimos do feijão, que passam a vigorar em todo o País a partir de 1º de novembro, que é de R$ 78,00 a saca (cor), uma queda de 17,89% em relação ao que estava em vigor até esta data, e de R$ 87,00 a saca (preto), valor 17,14% inferior ao que estava em vigor que era R$ 105,00 a saca.
O recálculo dos preços mínimos para o feijão reflete o ajuste do governo à realidade de mercado, que está com mais equilíbrio entre a oferta e a procura.
- Foi realizado um realinhamento nos preços mínimos do feijão, adequado-os aos custos de produção – explica o diretor do Deral, Francisco Simioni.
Fonte: Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral)