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MILHO: MERCADO TENTA CONSOLIDAR MOVIMENTO POSITIVO E EXIBE LIGEIROS GANHOS NA MANHÃ DESTA 5ª FEIRA

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras altas na manhã desta quinta-feira (22). Por volta das 8h16 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam ganhos de mais de 1 ponto. O vencimento dezembro/15 era cotada a US$ 3,81 por bushel, depois de encerrar a sessão anterior a US$ 3,80 por bushel.
O mercado tenta dar continuidade aos ganhos observados no pregão desta quarta-feira. Ainda assim, os analistas ressaltam que as cotações do cereal têm operado no intervalo de US$ 3,90 a US$ 4,00 por bushel, frente à falta de novas informações, que possam alavancar os preços. Com isso, o foco dos investidores permanece no andamento da colheita americana.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de vendas para exportação, importante indicador da demanda. Na semana anterior, o número divulgado ficou em 658,4 mil toneladas de milho, ligeiramente acima das expectativas dos participantes do mercado.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Nesta 4ª feira, preço registra alta de 1,47% em Paranaguá, mas negócios são pontuais
Nesta quarta-feira (21), o preço da saca do milho subiu 1,47%, para R$ 34,50 no Porto de Paranaguá. Nas praças de Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná, as cotações registraram ganho de 2,13%, com a saca do cereal negociada a R$ 24,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Segundo o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, os preços têm sido influenciados pelo comportamento do câmbio. Por sua vez, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,94 na venda, com ganho de 1,03%. Na semana, a alta acumulada é de 1,79%, no ano a valorização chega a 48,31%, conforme dados do site G1.
O dólar foi impulsionado pelas preocupações com a economia da China. A apreensão dos investidores em relação à situação política e econômica no Brasil também contribuiu para o fechamento positivo.
"O mercado é muito dependente do câmbio. Porém, nesse momento, o produtor está sentado em cima do milho, tivemos apenas negociações pontuais hoje. Os agricultores já estão bem posicionados e agora esperam as chuvas para plantar a soja da safra de verão", explica o consultor.
A moeda também impulsionou os preços praticados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity fecharam o dia com valorizações entre 1,15% e 1,40%. O vencimento novembro/15 retomou o patamar dos R$ 34,00 a saca e finalizou o pregão a R$ 34,17 a saca.
Na análise gráfica, o analista da Smartquant Fundos Investimentos, Antônio Domiciano ressalta que as cotações recuaram recentemente e precisam se manter acima do nível dos R$ 33,00 a saca para seguir no padrão de alta. "Caso o patamar seja perdido, o mercado deve tentar descer para R$ 32,20 e sem seguida testar os R$ 30,00/sc. Porém, caso se mantenha acima dos R$ 33,00 tem boas chances de resistir a realização e tentar buscar o retorno para o nível de R$ 36,00 a R$ 37,00, área que segura a subida de longo prazo", diz.
Enquanto isso, as exportações começam a ganhar ritmo a partir de agora. No acumulado do mês de outubro, os embarques totalizam 2.928 milhões de toneladas do grão, com média diária de 266,2 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Para essa temporada, as projeções indicam exportações recordes, que podem superar os 27 milhões de toneladas.
Bolsa de Chicago
A sessão desta quarta-feira (21) também foi positiva aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Os principais contratos do cereal ampliaram os ganhos ao longo do dia e finalizaram o pregão com altas entre 2,00 a 4,00 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,80 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,76 por bushel.
Ainda na visão do consultor de mercado, as cotações do cereal têm exibido poucas variações em Chicago e operam no intervalo de US$ 3,90 por bushel a US$ 4,00 por bushel. "Frente à falta de novidades, o mercado não tem força para quebrar o patamar de resistência, de US$ 4,00 por bushel", afirma Fernandes.
Com isso, as atenções seguem voltadas para o andamento da colheita norte-americana de milho. Até o momento, pouco mais de 59% da área cultivada nesta safra já foi colhida conforme dados oficiais. Na semana anterior, a colheita estava completa em 42% da área semeada nesta temporada. Ainda nos próximos dias, as previsões indicam chuvas para boa parte do cinturão produtor de milho, segundo informações do NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país.
Em relação à quebra na safra do Leste Europeu, o consultor ainda sinaliza que as informações já foram absorvidas pelo mercado. "Mas ainda temos o Brasil e a Argentina, plantando milho nesse momento e com reduções nas áreas destinadas ao cereal. Além disso, temos o El Niño, que resulta em mais chuvas para a região sul do país e, podemos ter alguma influência no rendimento das plantações", ressalta.
Paralelamente, Fernandes ainda pondera que nas próximas semanas os custos de produção da nova temporada americana deverão começar a ter a atenção dos investidores. "E, as primeiras indicações são de um aumento na área destinada ao milho no país, mas com menor investimento no pacote tecnológico. Os custos estão elevados, então o produtor americano também irá tentar equilibrar as suas contas", diz.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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