O agronegócio gaúcho teve um aumento no volume exportado de 11,90% na comparação entre setembro de 2015 e o mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram comercializados 1,949 milhão de toneladas. Por outro lado, o valor exportado foi 17,74% menor, atingindo US$ 1.234 bilhão. A queda no total comercializado é reflexo da redução dos preços do mercado internacional, que não é sentida em função do câmbio. Os dados estão no Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
A baixa dos preços acaba compensada pelo valor do dólar, como explica o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz.
- A taxa de câmbio alta tem conseguido amenizar, em reais, a queda de preços no mercado internacional – afirma.
Um exemplo é a soja em grãos que apresentou uma queda de 11,66% no valor comercializado e um aumento de 12,58% no volume exportado. Como o período foi de recorde no valor do dólar, o resultado em moeda brasileira foi bastante positivo.
A exceção fica com o Grupo Cereais, que puxado pelo Item Arroz, teve aumento de volume e valores. O acréscimo foi de 67,76% nas vendas, atingindo US$ 29,666 milhões, e de 178% na quantidade comercializada. O Grupo Lácteos mantém índices expressivos na comparação com o ano anterior. Em setembro o crescimento foi de 2.664% nos valores e de 1.619% no volume na relação com o mesmo período de 2014. O Grupo Carnes também teve aumento na quantidade comercializada (3,95%).
O saldo da Balança Comercial do mês de setembro do Rio Grande do Sul foi de US$ 1,393 bilhão, enquanto o do agronegócio do Estado ficou em US$ 1,1856 bilhão. No acumulado do ano, o setor foi responsável pela comercialização de 9,072 bilhões, queda de 8,39% na comparação com o mesmo período de 2014. Em volume, foram 16,236 milhões de toneladas, aumento de 19,96%. A China se mantém como principal comprador do agronegócio gaúcho, com 39,38% do total. Nas importações, o mercado argentino lidera, com 39,68% do total. A União Europeia é o maior bloco comprador, com 14,53%. Nas importações, a primeira posição é da ALCA, com 12,48%.
Fonte: FARSUL