Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago seguem recuando na sessão desta segunda-feira (19) na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas, por volta das 8h10 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 2 pontos, levando o contrato dezembro/15 a US$ 3,74 por bushel.
O principal foco do mercado internacional se mantém sobre o desenvolvimento da colheita dos Estados Unidos. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras com a atualização dos últimos números dos trabalhos de campo e, à espera dessas informações, os negócios parecem manter sua estabilidade. O último relatório mostrou que, até o dia 11, 42% da área do país cultivada com o cereal já havia sido colhida.
No entanto, o novo reporte semanal do departamento norte-americano sobre os embarques de grãos dos EUA também é aguardado pelos trader e, ao trazer alguma novidade expressiva, também poderia impactar sobre o andamento das cotações.
* Lembrando que, com o início do horário de verão no Brasil, o fechamento do mercado internacional passa a ser às 16h30 (horário de Brasília).
Veja como o mercado fechou na última semana:
Milho: Apesar da semana negativa em Chicago, preços têm balanço positivo nos portos do Brasil
Com os olhos voltados para o desenvolvimento da colheita nos Estados Unidos, o mercado do milho na Bolsa de Chicago encerrou a semana com baixas de pouco mais de 1% entre os principais vencimentos. Na sessão desta sexta-feira (16), no entanto, as cotações conseguiram encontrar algum suporte e fecharam o dia com ligeiros ganhos.
“Apesar de tudo, os preços do milho não tiveram uma ação tão ruim nesta sexta. A colheita está evloluindo de forma satisfatória e os rendimentos que chegam têm sido bons o suficiente. Todo mundo quer ‘comprar’ esse mercado mais barato, mas eu apostava em preços ainda mais pressionados, e ele parece ter se segurado bem”, analisou o vice-presidente da Price Futures Group, de Chicago, Jack Scoville.
Assim, o contrato dezembro/15 terminou valendo US$ 3,76 por bushel, com baixa semanal de 1,57%, e o março/16 encerrou os negócios recuando 1,47% em relação à última sexta-feira (9), ficando com US$ 3,87.
E as novas informações sobre os trabalhos de campo no Meio-Oeste americano têm sido o principal direcionador das cotações, uma vez que faltam novidades que possam trazer movimentações mais fortes para este mercado no atual cenário, como explicaram os analistas internacionais. Além disso, as principais regiões produtoras norte-americanas contam ainda com boas condições de clima para essa evolução.
Até o último domingo (11), a colheita do cereal já estava concluída em 42% da área norte-americana, número que ficou em linha com a média dos últimos cinco anos, de 43%, e bem acima do que o registrado no mesmo período de 2014, quando apenas 23% da área já havia sido colhida, segundo números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os dados serão atualizados nesta segunda-feira próxima, 19 de outubro.
De acordo com as últimas previsões do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, as condições devem ser de tempo seco na maior parte do Corn Belt até domingo, porém, algumas chuvas podem ser registradas em Minnesota e no norte de Iowa. Já para os próximos sete dias, as chances são de leves precipitações por todo o Meio-Oeste.
Ainda nesta semana, o mercado internacional recebeu as informações sobre a produção de etanol nos EUA e os últimos dados pesaram sobre as cotações, já que apresentaram um recuo de 5%. De acordo com dados da AIE (Agência Internacional de Energia), até a semana encerrada no dia 9 de outubro, a produção totalizou 949 mil barris diários, contra os 950 mil barris diários reportados anteriormente. Em contrapartida, os estoques registraram ligeira revisão para cima de 18,8 mil barris para 19 mil barris no mesmo período.
Paralelamente, saíram, ainda nesta sexta-feira, os números das vendas semanais dos EUA e, apesar de superarem ligeiramente as expectativas, não foram capazes de trazer uma força muito consistente para o mercado.
Os EUA venderam, na semana encerrada em 8 de outubro, 658,4 mil toneladas de milho, contra expectativas que variavam de 450 mil a 650 mil toneladas e bem acima das 466,6 mil toneladas. Do total, 598,4 mil toneladas foram da safra 2015/16 e 60 mil da 2016/17. No dois casos o principal destino do cereal foi o México.
Com esse volume, as vendas norte-americanas de milho da temporada já somam 11.691,9 milhões de toneladas. O total fica 32% abaixo do que foi vendido até o mesmo período da temporada 2014/15.
Mercado Brasileiro
No Brasil, a semana foi também poucos negócios e recuo nas cotações, principalmente no interior do Brasil. Entre as principais praças de comercialização, as baixas ficaram entre 2,08% a 5%, segundo um levantamento feito pelo Notícias Agrícolas juntos aos sindicatos rurais e cooperativas.
Assim, em Ubiratã, no Paraná, por exemplo, o preço foi a R$ 23,50 por saca, em Tangará da Serra, em Mato Grosso, perdeu 2,38% para R$ 20,50 e, em Campo Novo do Parecis, também em MT, foi a R$ 19,00, onde caiu 5%.
Enquanto isso, nos portos, os preços voltaram a orbitar entre os patamares dos R$ 33,00 a R$ 34,00, após se aproximar dos R$ 40,00 nas últimas semanas em função do movimento cambial no Brasil, ainda assim, fecharam a semana em alta.
Em Paranaguá, por exemplo, o preço do produto com entrega prevista para este mês de outubro, encerrou com 1,52% de alta na semana, com R$ 33,50, enquanto subiu 0,87% no porto de Santos, para R$ 34,80 por saca.
“Os agentes resolveram se distanciar dos negócios.no curto prazo não há sinais de alteração desse perfil, uma vez que a volatilidade cambial é recorrente no cotidiano do mercado. Com isso, os preços no porto tem enfrentado grande oscilação entre um dia e outro. Os preços internos são menos mutáveis. Entretanto também acabam afetados por essa situação”, explicou o analista de mercado Fernando Henrique Iglesias, da agência Safras & Mercado.
o mercado interno de milho observou também as exportações brasileiras que, nos primeiros sete dias úteis de outubro, somaram 1.402,8 milhão de toneladas, conforme dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior). No período, a média diária ficou em 200,4 mil toneladas, o que representa uma alta de 21,8% em relação à média diária registrada em setembro, de 164,5 mil toneladas.
No mesmo intervalo, os embarques renderam ao Brasil uma receita de US$ 233,4 milhões, com média diária de US$ 33,3 milhões. Em comparação ao mês anterior, a média diária registra uma alta de 20,7%. Para essa temporada, tanto os analistas coo as consultorias privadas apostam em exportações recordes, entre 28 milhões até 30 milhões de toneladas.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor