<P>Está em fogo médio o acordo que pode fazer o <STRONG>arroz </STRONG>brasileiro voltar à mesa da população da <STRONG>Nigéria</STRONG>. Uma missão comercial desembarcou nesta semana no país africano, tentando destravar a porta de acesso ao mercado, emperrada desde 2013. Naquele ano, com o argumento de desenvolver a produção doméstica, o governo local sobretaxou em 110% a importação do cereal. A tarifa, na prática, inviabilizou a venda para esse que era um dos principais compradores do Brasil. </P> <P>Diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Tiago Barata representa o governo do Estado na missão que está na Nigéria — o Rio Grande do Sul concentra 65% da produção brasileira do cereal — e está otimista com relação ao resultado das negociações:</P> <P>— Vim com a demanda específica de buscar a retomada desse mercado. Dificilmente voltaremos já com uma resposta definitiva, mas, sim, com uma posição mais clara sobre essa questão.</P> <P> Leia mais: Lavouras encolhidas pelos custos elevados </P> <P>Hoje, o poder de convencimento será testado durante jantar organizado pelo embaixador brasileiro na capital Abuja. </P> <P>De lá, o grupo parte para Lagos, considerada o centro de negócios do país africano. O canal para um acordo foi aberto no mês passado, quando o embaixador nigeriano no Brasil, Adamu Azimeyeh Emozozo, veio ao Estado e sinalizou interesse não apenas em um acordo comercial, mas também na transferência de tecnologia.</P> <P>— A sobretaxa não estimulou a produção local e o contrabando de arroz aumentou na Nigéria. Foi uma das críticas que fizemos ao embaixador. Essa medida contribuiu para nos deixar mais afastados dos nigerianos na questão de transferência de tecnologia — afirma Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz). </P> <P>Conforme o dirigente, a Nigéria chegou a representar quase um quarto das nossas exportações. Com a barreira tarifária, os negócios baixaram ao nível zero. </P> <P>Essa missão que está na África agora começou a ser costurada ainda nos corredores da Expodireto, em Não-Me-Toque. Delegação das mais representativas na feira — neste ano foi a maior—, a Nigéria tem interesse, inclusive, em “importar” produtores gaúchos. Para que a parceria fique no ponto, é imprescindível, no entanto, que a Nigéria abra caminho para o produto brasileiro em seu território. </P>
Fonte: Campo e Lavoura
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Redação
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