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PLANO ABC

O monitoramento do Plano Agricultura de Baixa Emissão Carbono (ABC) está entre as preocupações do governo federal.  Nesta semana, entidades representativas como a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (FAMATO), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura Abastecimento e Pecuária (Mapa) e duas empresas de consultoria de São Paulo e Minas Gerais estiveram reunidas em Brasília-DF, para discutir tentativas de aprimoramento no Plano ABC.

Foram discutidos os resultados alcançados pelo Programa ABC, linha de crédito que financia as tecnologias e reduções das emissões dos gases do efeito estufa.

O que mais preocupa é a baixa contratação de recursos oferecidos pelo Plano, que estão disponíveis. Criado para incentivar a adoção de técnicas agrícolas que contribuem para melhorar a eficiência na agricultura e pecuária, o programa ABC não está tendo procura entre os agricultores.

De acordo com as entidades do setor, a dificuldade seria a burocracia para preparar o projeto, que passa por laudos técnicos, licenças ambientais e exigências dos agentes financeiros. “O ABC exige acompanhamento constante e traz muitas obrigações, dificultando tanto na hora de fazer o projeto como de executar. Isso pode estar afastando o tomador do crédito”, assinalou o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Guto Zanata.

Guto destacou que as dificuldades encontradas pelos agricultores estão gerando um efeito migratório dentro do programa de recursos agrícolas do governo federal. Para o gestor técnico, mesmo quem tem interesse no ABC, principalmente para recuperação de pastagens degradadas, acabam optando por outros financiamentos como por exemplo o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).

- Várias linhas de créditos estão crescendo, a ponto de se esgotarem os recursos, enquanto que o ABC está ficando para trás – disse ele.

O gestor explicou ainda que todos os planos setoriais que integram a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), como o Plano ABC, são revisados periodicamente, para que continuem de acordo com as demandas da sociedade.

- Se o recurso disponível não for utilizado a tendência é que ele seja reduzido nos próximos anos – avaliou Zanata.

O Plano ABC foi estruturado em sete atividades: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; Sistema Plantio Direto; Fixação Biológica de Nitrogênio; Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais e Adaptação às Mudanças Climáticas.

Fonte: Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso – FAMATO



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