A Justiça de Ibirubá condenou cinco envolvidos na fraude do leite investigada pela primeira fase da Operação Leite Compensado, deflagrada em 8 de maio de 2013. A sentença foi assinada pelo Juiz Ralph Moraes Langanke no último dia 31 de março. Desta forma, Rosilei Geller e Natália Junges foram sentenciadas a dois anos e um mês de reclusão em regime inicial aberto. Cleomar Canal deverá cumprir nove anos; Senald Wachter, oito anos e um mês; e Egon Bender, oito anos e nove meses de prisão, todos em regime fechado. O magistrado, no entanto, concedeu-lhes o direito de apelar em liberdade, já que responderam ao processo soltos.
Já foram condenados, no mesmo processo, João Cristiano Pranke Marx, Angélica Caponi Marx, João Irio Marx, Daniel Riet Villanova, Alexandre Caponi e Paulo Cesar Chiesa. No processo relativo à 2ª fase da operação, já foram condenados o ex-Vereador de Horizontina Larri Lauri Jappe, além dos envolvidos no núcleo de Ronda Alta Daniel Riet Villanova, Antenor Pedro Signor e Odirlei Fogalli.
- Somente agora, decorridos quase dois anos da primeira etapa da Operação Leite Compensado, a Justiça de Ibiribá consegue prolatar uma sentença condenatória aos cinco réus faltantes – analisa o Promotor de Justiça da Especializada Criminal Mauro Rockenbach.
- Apenas após afastar todas as questões procrastinatórias apontadas pela defesa somente com intuito de atrapalhar o processo, o magistrado conseguiu afirmar que se tratava de uma associação criminosa criada para a adulteração do leite – pontuou o Promotor.
No período compreendido entre dezembro de 2012 a maio de 2013, o produtor rural Egon Bender forneceu notas fiscais para o transportador Cristiano Pranke Marx com valores a maior, que eram pagas pela Confepar. O valor excedente entre o volume captado e o entregue era rateado entre a quadrilha. Dessa forma, no período investigado foi “lavada” pelo bando a quantia de aproximadamente R$ 27 mil.
Senald Wachter era produtor rural e adulterava leite com água, adicionando ureia contendo formol para mascarar a fraude. Cleomar Canal era sócio de Alexandre Caponi na Transportadora Três C e adulterava o leite já dentro dos caminhões. Rosilei Geller e Natália Junges trabalhavam no posto de resfriamento e atuavam como informantes da quadrilha, em especial sobre a chegada de fiscais do Ministério da Agricultura ao local.
Fonte: Jornal do Comércio