Os agricultores do Rio Grande do Sul estão prestes a colher a maior safra de soja de todos os tempos. O clima colaborou, principalmente, a chuva foi em abundância durante o verão gaúcho e o alto investimento em tecnologia contribuíram para a projeção em torno de 14,2 milhões de toneladas – 10% superior o colheita passada – a maior até o momento registrada no Estado. Como será a estrutura de armazenagem de toda essa produção? O portal Agronovas conversou com o presidente da Associação dos Cerealistas do Estado do Rio Grande do Sul (ACERGS), Dilermando Rostirolla.
Confira a seguir trechos da entrevista:
Agronovas – Qual a sua expectativa para esta colheita de soja?
Dilermando – Visualizamos um cenário altamente positivo: com altos índices de produtividade e bons preços, diante de um mercado internacional que acena para esta possibilidade, visto que o agricultor norte-americano está intencionado a reduzir a área plantada na próxima temporada e teremos oportunidade de abastecer o mercado mundial que apresenta uma demanda forte, principalmente a China – maior importador de soja.
Agronovas – Como a disparada do dólar está atingindo a rentabilidade do produtor?
Dilermando – O dólar saiu do patamar de R$ 2,30 para R$ 2,90 – R$ 3,00, proporcionando vantagens nas exportações. O sojicultor deve aproveitar para vender a produção nos momentos de pico. Por outro lado, os insumos da safra de inverno estarão mais caros e é preciso ficar atento para acertar os investimentos da lavoura futura.
Agronovas – Como os cerealistas gaúchos se preparam para receber esta safra?
Dilermando – Diante da projeção de uma safra que até pode ser recorde no Estado, os cerealistas, associados a ACERGS, estão preparados para receber a safra do produtor com uma excelente capacidade de armazenagem e o agricultor pode ter a tranquilidade de armazenar a sua produção e vender no momento certo.
