A seca tem castigado bastante as lavouras esse ano e uma saída para os agricultores familiares é o Garantia Safra, uma espécie de seguro com o qual eles podem contar. No norte de Minas Gerais, o pessoal já está recebendo o benefício.
Não está fácil a vida na roça. O gado magro e a terra seca mostram que a chuva não cai na região de Patis, no norte de Minas Gerais, há muito tempo. A família da agricultora Marilza Lopes Reis, dona de uma propriedade de 1 hectare, gastou aproximadamente R$ 300 com semente, adubo e aluguel de trator – e não colheu nada. A única lavoura que resistiu foi a de mandioca e mesmo assim, produziu abaixo do esperado. A produção da farinha, somada ao valor do Garantia Safra, será responsável pela manutenção do sutento deles.
- Aí a gente vende a farinha e o benefício vem. O ano passado mesmo, primeiro [primeira parcela do] benefício, nós compramos um saco de feijão. Aí já era o que nós íamos colher – conta Marilza.
Esta situação é uma amostra do que vem ocorrendo em centenas de propriedades na região. Na propriedade de José Euclides, as lavouras de mandioca, milho e feijão não resistiram e o dinheiro que ele vai receber do Garantia Safra já tem destino certo.
- Dá uma forcinha no alimento da gente, para comer, porque o que a gente gastou, perdeu tudo – diz ele.
Fonte: G1 – Globo Rural